Enquanto assistia ao
lançamento do documentário ‘Bolsonaro e
Adélio - uma fakeada no coração do Brasil’, tive o prazer de receber
do vereador popular Manoel Avelino Silva uma interessante provocação, digamos
assim.
Em sua grande militância
político-legislativa, sua excelência pedia-me para comentar, no grupo de
uatizapi “São Sebastião Notícia”, duas questões debatidas pelo prof. Ismael.
São elas: “Tem coisa
que não da para entender a praça NÃO tem banheiro público e os eventos não
trazem banheiros químicos” e “A culpa é de quem vota em
vereadores por amizade ou alguns trocados. Aí vemos passar 4 anos e nenhum olha
essas coisas que são coisas pequenas mas de utilidade pública” (ambas de
11-09-2021, a partir das 22:58 horas).
Inicialmente, este um dos
conselheiros de controle social, parabeniza aos dois militantes, Ismael e
Manoel, por retomarem o debate sobre banheiros públicos neste Município.
Ressalto que a “Questão Banheiros Municipais” é um
debate bem antigo. Acredito que publicamente a questão foi tematizada,
problematizada e politizada em novembro de 1995, quando naquele longínquo mês,
o jornal “LEIA!”,
editado pelo PT são-sebastiãoense, tratou dessa questão em uma de suas matérias.
Em matéria no jornal e na rádio comunitária
Salomé, então apenas uma caixa acústica, o PT dizia que era
necessária a construção de banheiros municipais, inclusive com urgência.
O PT informava que as pessoas
vinham para a feira todos os domingos e chegavam aqui de manhazinha. Assim,
precisam ir a banheiros municipais, que infelizmente não existiam e continuam a
não existir.
A matéria ainda dizia que quem
mais sofriam eram as mulheres, pois os homens urinavam e até obravam em
qualquer lugar. Mas as mulheres sentiam muitas dificuldades para fazerem as
suas necessidades fisiológicas, pois não podiam se acocarem em qualquer lugar, mesmo
atrás de algum veículo.
Também, nem sempre, usavam os
banheiros das residências existentes na cidade, pois na maioria das vezes as
pessoas residentes diziam que estavam sem água no banheiro.
Aliás, a falta d’água era algo
muito comum na época, até que o então governador Ronaldo Lessa, inaugurou a
nova adutora.
A alegria da população foi tanta que
Mesbla Kaldas e Donizete Macário tomaram banho público, no Lago Muniz Falcão,
nas proximidades do Banco do Brasil, em 1998.
A falta de banheiros
municipais não era um “caso de polícia” porque o saudoso Presidente do
Sindicato das Trabalhadoras e dos Trabalhadores Rurais, “seu João Vermelho”,
socorria as aperreadas pessoas com o banheiro do sindicato ou em sua própria
residência, no início da Rua Vereador Leobino José do Nascimento.
Na época, na Rua São Paulo, na
casa do Paulo Bomfim, a água vinha das casas da dona Maria do Carmo e depois da
dona Maria, avó do “Quinhentos”, que ficavam na Rua Vereador Leobino José do Nascimento, defronte à
então “maternidade”, hoje Secretaria da Cultura.
O fato causou um grande
problema com alguém da administração municipal, que levou o seu “Zé Joca” e a
dona “Menininha” irem morar em Teotônio Vilela. Lá faleceram. O seu Zé Joca
cumpriu a promessa feita ante a perseguição. Faleceu sem mais voltar a São
Sebastião.
Para a grande maioria de feirantes,
essas dificuldades continuam, infelizmente. Amenizou apenas pelo fato de atualmente as casas
terem, de regra, constantemente água.
Mas as lutas de feirantes por
banheiros públicos também continuam.
Necessidades fisiológicas atualmente
bem ampliadas, em razão das necessidades de frequentadores e especialmente de
frequentadoras do “parque” de diversão, onde o fedor de mijo é sentido por
todos, todas e todes, que lá vão. E também o fedor de bosta, como constatado em
uma determina noite de diversão.
Por conseguinte, as
necessidades de banheiros municipais e de outros equipamentos foram tratadas já
nas eleições municipais de 2000, quando o PT lançou candidatura a prefeito e
até na última eleição, em 2020.
Em vários endereços virtuais as matérias podem
ser lidas e impressas. Se houver dificuldades, pode procurar o PT, que você
receberá uma cópia da mesma: (https://ptssal.blogspot.com/2020/04/eleicoes-vem-ai.html);
também em diversas outras matérias, como as da Associação de Moradoras e de
Moradores do Bairro São José (https://ptssal.blogspot.com/search?q=banheiros)
e (https://onguedeolho.blogspot.com/2013/12/1-cocozada-pode-acontecer-como-forma-da.html),
em 2013, https://onguedeolho.blogspot.com/2015/02/saojose2014-2-minisseminario.html,
em 2015; da Ongue (https://onguedeolho.blogspot.com/2012/03/porteiras-quer-construcao-dos-banheiros.html),
em 2012, e em 2015, https://onguedeolho.blogspot.com/2015/11/cdlm-texto1-tribuna-livre-ainda-nao.html).
Após essa extensa 1ª parte da exposição
sobre a “Questão
Banheiros Municipais”, na 2ª parte dessa matéria serão tratadas as questões
colocadas pelo Ismael, pois elas podem despertar reflexões e trazer soluções
para os problemas apontados.
Redação: Paulo Bomfim – Presidente do PT
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