Partido dos Trabalhadores

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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

São-Sebastião2014-RACISMO E ÓDIO DA ELITE PAULISTA SAÍRAM DO ARMÁRIO E FAZEM ATÉ DETERMINADOS DOUTORES RASGAREM O MANTO DO ANTIGO SABER

A revista Brasil Atual publicou uma interessante matéria sobre o racismo e o ódio expelido pela elite paulista contra nordestinos e nortistas, que chama de pobres e desinformados.
O fato não é novo. Já em meados da década de 70, quando no sudeste fui trabalhar, morar e constitui família percebia o preconceito claramente. Pelas expressões usadas, consegui identificar isto em Minas Gerais, Rio de Janeiro e principalmente em São Paulo, capital.
Todavia, com o surgimento de setores de independente da mídia esses fatos começam a vir à tona. Os preconceitos saem inclusive da boca ou da escrita de que deveria combatê-los em nome da cultura e do saber, que na visão de determinados doutores seriam dois dos aspectos de serviam para frear os males advindos da desigualdade social.
Abaixo você pode ler o que disse o ideólogo do PSDB, Fernando Henrique Cardoso, que deve andar meio envergonhado por ter comparar-se a atuar nos mesmos moldes de quem quer condenar. Tire as suas conclusões:
Racismo paulista de FHC: dos marmiteiros aos 'grotões mal informados'
Quando a população nordestina, pobre, abandonada, inclusive pelo governo de FHC, votava majoritariamente na direita – na Arena, no PFL e no seu sucessor, o DEM –, não era considerada 'mal informada'
A elite brasileira – cujo setor mais significativo vive em São Paulo – nunca engoliu o Getúlio Vargas, nem o Lula, como expressões de amplos setores populares que saem do seu controle. Perderam sempre do Getúlio e perdem sempre do Lula.
Aí apelam para a discriminação e o racismo. Nos anos 1950, a UDN chegou a propor o voto qualitativo. Onde se viu o voto de um engenheiro valer o mesmo que o voto de um operário, oras? Um valeria 10, o outro valeria 1. Cansados de perder para a maioria trabalhadora, queriam mudar as regras do liberalismo que eles mesmo pregavam, para ver se tinham melhor sorte.
Quanto à linguagem, naquela época um político, Hugo Borghi, qualificou os trabalhadores que votavam no Getúlio como “marmiteiros”, de forma depreciativa para quem levava comida de casa para o trabalho. Era a forma de discriminar os trabalhadores vinda da parte de quem nem trabalhava, menos ainda conhecia o que era uma marmita.
O Getúlio assumiu a expressão, que passou a ser usada positivamente, identificando marmiteiro com trabalhador.
A relação dessa elite com o Lula reproduz, em termos cotidianos, o mesmo tipo de clichê e de discriminação. Por um lado, tenta passar a ideia de que os setores populares que votam no PT foram subornados pelo Bolsa Família e por outras políticas do governo, da mesma forma que se fazia em relação ao salário mínimo na época do Getúlio.
Agora FHC vem falar de gente “dos grotões, mal informados”, que por essa razão não se renderiam às denúncias e aos argumentos tucanos e seguiriam votando no PT. Aponta ele certamente para a população nordestina e as populações das periferias urbanas, beneficiárias de políticas sociais ou detentoras de um posto de trabalho assalariado e que votam concentradamente nos candidatos que sentem identificados com o efeito dessas políticas em suas vidas.
Anteriormente, quando essa população nordestina, totalmente abandonada, inclusive pelo governo de FHC, votava majoritariamente na direita – na Arena, no PFL e no seu sucessor, o DEM –, não era considerada “mal informada”. Quando começa a despertar sua consciência, aparecem essas formas discriminatórias.
Como não leem ainda os artigos do FHC, ficam mal informadas, se deixam enganar, subornar, ser instrumentalizadas pelo governo e pelos partidos de esquerda. Quando a informação chegar devidamente a esses grotões, eles reconhecerão que o melhor governo que o Brasil já teve foi o do FHC, os que o sucederam foram empulhações, que distribuíram migalhas, para enganar ao povo.
Reproduz-se assim o velho sentimento elitista da contrarrevolução de 1932, que tem como ícones, até hoje venerados pela elite paulista, os bandeirantes – caçadores de índios – e Washington Luís, famoso por achar que “a questão social é questão de polícia”.
http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/blog-na-rede/2014/10/racismo-paulista-de-fhc-dos-marmiteiros-aos-2018grotoes-mal-informados2019-9334.html

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