Partido dos Trabalhadores

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terça-feira, 5 de janeiro de 2021

TERRANOVA RECEBE VISITA DO PT

 Na tardezinha e início da noite do dia 3 desse ano, 2021, o PT esteve visitando filiados e filiadas no povoado Terranova. 

Foi a 1ª visita do ano a filiados e filiadas. 

Durante a visita foram distribuídas diversos materiais (in)formativos, como revistas, jornais e livros, com destaque para livros e revistas infantis, bem como informações sobre dinheiros que este Município movimentará em 2021.

Foram informadas as arrecadações e as movimentações financeiras municipais dos últimos 4 anos, por secretarias e por órgãos municipais.

As juventudes do povoado Terranova estudam nas escolas do povoado Canabrava e a questão indígena não é muito considerada. Disse uma indígena que prefere não se identificar. Afirmou ela que "aqui precisa de uma escola indígena, sim".

A rua principal do Terranova está recebendo calçamento, ação municipal que no ano passado, em 2020, teve R$1.161.528,20. Nesse ano são R$850.770,20, sendo que a Secretaria Municipal de Viação e Obras tem disponíveis R$7.192.278,80 ou 4,61% da arrecadação de 2021, que soma R$155.869.310,80.

O presidente do PT de São Sebastião, Paulo Bomfim, frisou o prazer deste Partido em está dialogando com a família de Juvelino Dó e dona Neuza, além de seus familiares.

Disse da importância saber quantos dinheiros chegam ao Município e em que eles deveriam ser utilizados. 

Afirmou que para bom uso do dinheiro municipal é fundamental que o povo exija o acesso à prestação de contas de cada ano.

Manoel Avelino, Secretaria Municipal de Movimentos Populares e Políticas Setoriais falou sobre a importância que o PT dá às populações indígenas em todo o País e que o governo Bolsonaro reduziu ou acabou com recursos para diversas políticas públicas destinadas às populações indígenas.

As demais conversas versaram sobre diversos assuntos, especialmente sobre a última eleição. O povoado Terranova tinha 2 vereadores, mas que não foram reeleitos, Neno Izidoro e Marcone Móveis, que ficaram na suplência.

Paulo Bomfim informou que havia rumores de que o Neno assumiria o mandato, em razão de a vereadora Ana Pacheco, cunhada do prefeito Zé Pacheco, ir ser Secretária de Agricultura, no lugar do “Zé da Marinez”.

O povoado Terranova é uma comunidade muito importante e de população mistas. Lá convivem, vivem e sobrevivem pessoas indígenas e não indígenas. "Infelizmente, há muita dificuldade do povo daqui eleger quem é comprometido com o índio", disse Juvelino Dó. "A gente fica até desanimado com a luta", arrematou, lembrando as duras lutas do povo Karapó para conquistar a demarcação de seu território.
Dó, inclusive, relembrou do apoio e orientações do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), um órgão da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), na pessoa de Jorge Vieira, que muito atuou na comunidade. 

O povoado teve 4 candidaturas ao Legislativo: Neno, Marcone, Patrício e Sorriso. Falando-se sobre o meio ambiente, seu Dó lembrou de uma jaqueira enorme que havia no povoado, um “ponto de encontro” dali e foi derrubada na última gestão do prefeito Sertório Ferro.

Além de ponto de encontro, a jaqueira produzia excelentes jacas. "Todo mundo aqui comia e gostava", disse a dona Maria.

Seu Dó também relatou a difícil luta da população indígena, após o golpe de 2016, e a desorganização dessas comunidades, não só no Terranova, mas também dos demais indígenas que vivem neste Estado.

Presente também Pedro Nascimento, Presidente Municipal do PSOL, ressaltou que um dos problemas é o fato de muitos indígenas ser filiados a partidos políticos, que não defendem políticas públicas e as causas indígenas.

As famílias de seu Audálio e de seu José Inácio estão bem. Com eles foi trato como as condições de vida eram melhores “no tempo do PT”. Foi tratada também a questão do trabalho infantil e o prejuízo que ele causa às pessoas na velhice, especialmente com relação a “problema de coluna”.

Conversou-se também sobre o valor das aposentadorias rurais e sobre os empréstimos consignados, que reduzem o já pequeno valor de cada aposentadoria.

Comentou-se, ainda, sobre a dificuldade de agricultores e de agricultoras familiares conseguirem a aposentadoria, mesmo “na justiça”. Trabalhadoras e trabalhadores rurais empregados têm também muita dificuldade em conseguir “o aposento”, pois a “documentação” - ou o tempo de contribuição previdenciária - nem sempre está completa, arrematou seu Audálio.






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