Ontem à tardezinha, quando
participava de uma reunião do MsM (Movimento sem Moradia), em São Sebastião,
anotamos uma inteligente observação de alguém no sentido de alguns políticos
serem ‘jogados às traças’ e outros protegidos pela mídia e inclusive pelo
sistema “juristocrático”?
Confesso que
desconhecia o adjetivo suprarreferido, bem como o seu substantivo
juristocracia. Os dois vocábulos, não os encontrei nos já usados dicionários
que tenho. Mas, na internete, observei que eles são bem usados por sérios
articulistas. Acredito que um deles seja o professor Robson Sávio Reis
Souza, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, na qual
sonhei cursar Ciências Contábeis, mas tive que a abandonar, pois, há pouco mais
de três décadas, não consegui aprovação no crédito educativo, por falta de
fiador, e que, naquela época, não tinha o atual sistema de Fies.
Como ex-Secretário de Formação do PT são-sebastiãoense
e sem ser estudioso como muitos, tentei conectar e explicitar os fatos, como os
compreendo. Disse que não temos certezas objetivas, mas vastos indicativos de os
porquês dos fatos.
De Alagoas, se
observarmos como a “mídia grande” usava Heloísa Helena, quando a mesma “batia”
no PT, mesmo na qualidade de filiada. No dia a dia ela era referência de
telejornais, jornais, revistas e rádios etc.. Todavia, após a sua polêmica
expulsão do PT, o espaço de referencial acabou. Chega até a parecer que a atual
boa vereadora por Maceió não existe mais. No Brasil, o mesmo efeito sofreu
Marina Silva, que, mesmo enredeando-se na ideia do novel golpecipatório, não
consegue ser mais a esperança midiática deste País, até ser tornada forte
objeto de ameaça eleitoral pela e à própria paulistomídia, além de “agora” já
transformada em “possível” envolvida em corrupção eleitoral.
Mesmo em Pernambuco, o
quase também então salvador e ora falecido Eduardo Campos foi transformado em “corrupto”
ou em possível “envolvido em organizações criminosas”, naturalmente, quando tornou-se
preciso distrair e mudar o curso da Lavajato, quando esta, momentaneamente,
pareceu, a quem se deixa ser enganado, ameaçar a paulistomídia.
Em Minas Gerais, o já
corrupto velho e mau caráter Aécio Neves também deixou-se utilizar. Talvez
tenha sido a mera “sede” do poder; quiçá o esquecimento de que a velha política
café com leite foi acabada pelo então “periférico” gaúcho Getúlio Vargas, lá
pela década de 30 do Século XX. Podem ter sido os seus próprios “humores” que
ampliaram a sua conhecida descredibilidade eleitoral para o mercado financeiro
e para a própria paulistomídia. Naquele momento de conhecidos indicativos de
derrota eleitoral, seu nome foi sutil e maliciosamente alçado à suposta “grande”
liderança eleitoral e nele impregnado o ódio “deles” por quaisquer de outros
que não liam ou não leem pela aparente escondida cartilha do neocolonialismo ou
neoliberalismo, como é mais conhecida a antiga doutrina da acumulação de riquezas.
Ele, serviço prestado, foi jogado não às belas, mas das montanhas mineiras nos sabidos
braços das corrupções, administrativa e eleitoral, até porque ele realmente não
consegue comprovar o seu enorme patrimônio à Lavajato, como outros, o
presidente interino, por exemplo, com milhões ‘doados’ a parentes.
Então, o objetivo de
jogar-se uns às traças e de proteger-se outros advém da inconfessável e do real
querer deles retornarem ao governo e administrarem para os segmentos das diversas
elites brasileiras. Em especial para a financeiro-rentista, muito bem
representada pelo Psdebismo paulista, com seu amplo, quase silenciado e escondido
leque de corrupções. Para o alcance de tal resultado, utilizam a concentração do
poder da produção de notícias que lhes interessa em torno de cinco famílias e,
em alto grau, das interpretações do sociólogo FHC e até mesmo de parte do âmbito
do sistema juristocrático, que, diga-se, é pago com o dinheiro da empobrecida
população brasileira e não pelo próprio financeiro-rentismo, que aparenta defender
com atuação contra os pobres - ou quem os representar - daqui, dali e do além mar.
Enfim, apaixonadamente -
ou seria irrefletidamente? - poderíamos dizer: eles tentam ganhar mentes e
corações. Estória, cuja história é outra e o bom resultado desta depende de
conscientes e de comprometidas ações minhas e tuas – De nós, apenas!
>José Paulo do Bomfim – Secretário Municipal
do Partido dos Trabalhadores de São Sebastião
Data: 12-06-2016 (domingo) – atualizado em
25-06-2016
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