Partido dos Trabalhadores

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domingo, 26 de junho de 2016

PAULISTOMÍDIA ENGRENA O RETORNO DAQUELAS ELITES



Ontem à tardezinha, quando participava de uma reunião do MsM (Movimento sem Moradia), em São Sebastião, anotamos uma inteligente observação de alguém no sentido de alguns políticos serem ‘jogados às traças’ e outros protegidos pela mídia e inclusive pelo sistema “juristocrático”?
Confesso que desconhecia o adjetivo suprarreferido, bem como o seu substantivo juristocracia. Os dois vocábulos, não os encontrei nos já usados dicionários que tenho. Mas, na internete, observei que eles são bem usados por sérios articulistas. Acredito que um deles seja o professor Robson Sávio Reis Souza, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, na qual sonhei cursar Ciências Contábeis, mas tive que a abandonar, pois, há pouco mais de três décadas, não consegui aprovação no crédito educativo, por falta de fiador, e que, naquela época, não tinha o atual sistema de Fies.
Como ex-Secretário de Formação do PT são-sebastiãoense e sem ser estudioso como muitos, tentei conectar e explicitar os fatos, como os compreendo. Disse que não temos certezas objetivas, mas vastos indicativos de os porquês dos fatos.
De Alagoas, se observarmos como a “mídia grande” usava Heloísa Helena, quando a mesma “batia” no PT, mesmo na qualidade de filiada. No dia a dia ela era referência de telejornais, jornais, revistas e rádios etc.. Todavia, após a sua polêmica expulsão do PT, o espaço de referencial acabou. Chega até a parecer que a atual boa vereadora por Maceió não existe mais. No Brasil, o mesmo efeito sofreu Marina Silva, que, mesmo enredeando-se na ideia do novel golpecipatório, não consegue ser mais a esperança midiática deste País, até ser tornada forte objeto de ameaça eleitoral pela e à própria paulistomídia, além de “agora” já transformada em “possível” envolvida em corrupção eleitoral.
Mesmo em Pernambuco, o quase também então salvador e ora falecido Eduardo Campos foi transformado em “corrupto” ou em possível “envolvido em organizações criminosas”, naturalmente, quando tornou-se preciso distrair e mudar o curso da Lavajato, quando esta, momentaneamente, pareceu, a quem se deixa ser enganado, ameaçar a paulistomídia.
Em Minas Gerais, o já corrupto velho e mau caráter Aécio Neves também deixou-se utilizar. Talvez tenha sido a mera “sede” do poder; quiçá o esquecimento de que a velha política café com leite foi acabada pelo então “periférico” gaúcho Getúlio Vargas, lá pela década de 30 do Século XX. Podem ter sido os seus próprios “humores” que ampliaram a sua conhecida descredibilidade eleitoral para o mercado financeiro e para a própria paulistomídia. Naquele momento de conhecidos indicativos de derrota eleitoral, seu nome foi sutil e maliciosamente alçado à suposta “grande” liderança eleitoral e nele impregnado o ódio “deles” por quaisquer de outros que não liam ou não leem pela aparente escondida cartilha do neocolonialismo ou neoliberalismo, como é mais conhecida a antiga doutrina da acumulação de riquezas. Ele, serviço prestado, foi jogado não às belas, mas das montanhas mineiras nos sabidos braços das corrupções, administrativa e eleitoral, até porque ele realmente não consegue comprovar o seu enorme patrimônio à Lavajato, como outros, o presidente interino, por exemplo, com milhões ‘doados’ a parentes.
Então, o objetivo de jogar-se uns às traças e de proteger-se outros advém da inconfessável e do real querer deles retornarem ao governo e administrarem para os segmentos das diversas elites brasileiras. Em especial para a financeiro-rentista, muito bem representada pelo Psdebismo paulista, com seu amplo, quase silenciado e escondido leque de corrupções. Para o alcance de tal resultado, utilizam a concentração do poder da produção de notícias que lhes interessa em torno de cinco famílias e, em alto grau, das interpretações do sociólogo FHC e até mesmo de parte do âmbito do sistema juristocrático, que, diga-se, é pago com o dinheiro da empobrecida população brasileira e não pelo próprio financeiro-rentismo, que aparenta defender com atuação contra os pobres - ou quem os representar - daqui, dali e do além mar.
Enfim, apaixonadamente - ou seria irrefletidamente? - poderíamos dizer: eles tentam ganhar mentes e corações. Estória, cuja história é outra e o bom resultado desta depende de conscientes e de comprometidas ações minhas e tuas – De nós, apenas!
>José Paulo do Bomfim – Secretário Municipal do Partido dos Trabalhadores de São Sebastião
Data: 12-06-2016 (domingo) – atualizado em 25-06-2016

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