Partido dos Trabalhadores

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quarta-feira, 27 de abril de 2016

Impítima: RELATOR DO PROCESSO NO SENADO FOI ELEITO NA DIMENSÃO DA CORRUPÇÃO E PRATICOU PEDALAS QUANDO ADMINISTROU O ESTADO DE MINAS GERAIS



A situação é tragicômica e confirma a ideia de golpe de estado, mediante o artifício do processo de impítima. Na Câmara Nacional, dos 367 que votaram a favor do golpe 318 estão encrencados e no Senado parece que a coisa não é diferente. São 81 senadores, 3 por cada unidade administrativa brasileira. Entre os 81,  


Edilson Rodrigues: <p>Comissão Especial do Impeachment 2016 (CEI2016) realiza reunião para apreciação de requerimentos. Mesa: relator da CEI2016, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG); presidente da CEI2016, senador Raimundo Lira (PMDB-PB) Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado</p>Reunião da Comissão Especial de Admissibilidade do impítima no Senado. Ao fundo, de frente, da esquerda para a direita: Antônio Anastasia (PSDB-MG) e Fernando Lira (PMDB-PI)
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Assim não é mais possível. Eu imaginava que na Câmara dos Deputados é que se concentravam todos os cínicos, indecentes, desqualificados e hipócritas do nosso país, mas, oh surpresa, no Senado não é muito diferente.
   Acabo de saber que o senador escolhido para ser o relator do impeachment, o tal de Antonio Anastasia, com aquela cara de Bebê Johnson’s, e modos educados, não só foi o dono da mais cara campanha ao Senado de todo o Brasil, 18 milhões, segundo o TSE, como também recebeu 11% do total de empresas altamente suspeitas, todas investigadas e algumas já condenadas na Lava Jato.
   A saber: Andrade Gutierrez, OAS, Odebrecht, Queiroz Galvão e o Banco BTG.
   Estão tirando um sarro da nossa cara. O sujeito que deveria ser investigado é o investigador-mor! Meus sais, por favor!
  Todas as empreiteiras que doaram para sua campanha milionária receberam 1 bilhão de reais para construírem a Cidade Administrativa de Belo Horizonte quando ele foi governador de Minas Gerais. Se isso não foi um toma lá dá cá, não sei mais o que é um toma-lá-dá-cá. Talvez Miguel Falabella saiba!
   Ora, senhores! Brincadeira tem hora. Um pouco de compostura, por favor. Não é aceitável que esse indivíduo aparentemente dócil, meigo e inofensivo ocupe o posto mais importante do mais delicado processo que corre no país e que pode tirar do Planalto uma presidente que não cometeu nenhum dos dois crimes imputados no processo de impeachment.
   Se ele próprio não teve a dignidade de ficar na moita e se abster de participar desse conluio indecente, cabe aos senadores arrancá-lo de lá e pedir urgente comissão de ética para ele.
   Ainda que ele tenha sido “eleito” para esse cargo, isso não é uma cláusula pétrea, revogue-se a eleição, julgue-se o pretenso julgador.
   Acumulam-se motivos para esse processo de impeachment ser anulado, não só por seu mérito, que é nenhum, mas pelo demérito dos que o comandam.
   Começou com o notório Cunha, que não sei como ainda tem a coragem de se sentar naquela cadeira no alto da tribuna sendo diariamente chamado de bandido, ladrão, canalha e outros epítetos quetais por vários deputados, sem mexer um músculo do rosto e fazendo de conta que não é com ele, tais são as provas contundentes contra ele que os bancos suíços já mostraram ad nauseum, tendo fechado suas contas por entenderem que se tratava de milhões de dólares com origem espúria.
   O que o STF ainda espera para dar sequência ao julgamento que deverá, evidentemente, defenestrar Cunha? Que os brasileiros percam a paciência?
   Nós, brasileiros, somos um povo pacífico, mas tem uma hora que é humanamente impossível aguentar tantas cusparadas na cara!
   Ontem mesmo eu vi vários deputados senadores e deputados vociferando contra as cusparadas do ator José de Abreu em pessoas que o ofenderam publicamente, num restaurante, como se eles tivessem alguma coisa que ver com isso, já que nem cuspiram, nem foram cuspidos.
   Fiquei mais estarrecido ainda ao ver os deputados pedindo que a TV Globo dê direito de resposta ao casal no qual José de Abreu escarrou.
   Ora, onde esses deputados pensam que estão? Viraram agora a reserva moral da nação e se acham no direito de legislar, pobres coitados, não só nos seus domínios, mas também na TV Globo?
   O impeachment, ao que parece, está afetando o bom funcionamento de algumas, ou muitas cabeças que deveriam se preocupar com o seu próprio nariz, com a sua própria história, mas têm a desfaçatez de tentar impor suas posições em lugares totalmente alheios à sua jurisdição.
   Não sei se há psicanalistas suficientes para atender a esse sanatório geral já previsto por Chico Buarque numa conhecida canção.
http://www.brasil247.com/pt/blog/alex_solnik/228573/Fora-Anastasia!-A-jato!.htm

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