A Direção
Executiva da CUT, reunida em São Paulo no dia 10 de fevereiro de 2015, avaliou
a gravidade da crise que afeta o pais e reafirmou o papel da Central na defesa
dos interesses históricos e imediatos da classe trabalhadora.
A crise é
uma das mais graves da nossa história recente, atinge a economia e a política,
gera um cenário de incerteza, favorece o fortalecimento dos setores da
sociedade que se opõem ao governo e que, apoiados pela mídia golpista, ameaçam
com a desestabilização da ordem democrática.
A CUT é
desafiada, nessa conjuntura, a representar os interesses dos milhões de
trabalhadores(as) que tiveram suas expectativas frustradas com a política
econômica adotada pelo governo, de caráter regressivo e recessivo, que penaliza
os(as) trabalhadores(as) com a retirada de direitos e com a ameaça do
desemprego.
A CUT reafirma a defesa do modelo de desenvolvimento exposto na
Plataforma da CUT, apresentada nas últimas eleições, e do projeto político
vitorioso nas urnas. A crise se combate com o crescimento econômico, com a
inclusão social e a diminuição das desigualdades, com o fortalecimento dos
sindicatos e a democratização das políticas públicas. Direitos devem ser
ampliados, nunca diminuídos.
A CUT
teve origem nas lutas no local de trabalho contra a exploração dos(as)
trabalhadores(as) e nas lutas dos movimentos de massa, que ocuparam as ruas
combatendo a ditadura, o imperialismo e exigindo a democracia. Neste momento de
crise, devemos ocupar novamente as ruas em defesa do emprego, dos direitos, da
Petrobrás e da Reforma Política. Devemos levar essa luta aos locais de
trabalho. A CUT reafirma sua posição contrária às MPs 664 e 665 e defende uma
proposta de política tributária que taxe os ricos, não os trabalhadores(as).
A
Petrobrás é nossa, pertence ao povo brasileiro. Foi conquistada na luta e será
defendida na luta. Jamais aceitaremos sua privatização. Seus recursos devem ser
aplicados no desenvolvimento do país, em especial na educação. Corrupção se
combate com Reforma Política e esta se faz através de uma Constituinte
Exclusiva e Soberana em relação ao poder econômico, aos partidos e ao governo.
Levando
em conta este cenário, a CUT desenvolverá uma ampla mobilização de suas bases e
ações de massa, junto com os movimentos sociais, em torno dessas bandeiras:
defesa dos direitos, defesa da Petrobrás e defesa da Reforma Política.
Manteremos também vigilância no Congresso Nacional para impedir que nossos
direitos sejam retirados, com especial atenção ao PL4330 da terceirização.
Pressionaremos para que o governo nos ouça e atenda nossas reivindicações.
Conclamamos,
portanto, os trabalhadores(as) de todo o país a engrossar nossas fileiras nas
mobilizações previstas para o próximo período:
• Dia
24/02 – Lançamento do manifesto em Defesa da Petrobrás, no Rio de Janeiro.na
sede da ABI, 18 horas
• Dia
04/03 - Abertura do CONCUT e ato no Congresso Nacional – Brasília.
• Dia
13/03 - Manifestação em São Paulo e capitais do país em defesa dos direitos, da
Petrobrás e da Reforma Política.
• Marcha
da Classe Trabalhadora, com as Centrais Sindicais, em data e local a serem
definidos.
Petrobrás
é nossa! Corrupção se combate com Reforma Política! Direitos se ampliam e não
se reduzem! Não às MPs 664 e 665! Não ao PL4330!
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