Partido dos Trabalhadores

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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

O BANDA DE LÁ FAZ REIVINDICAÇÕES AO PREFEITO

O Banda de Lá é um conjunto de cerca de 14 famílias que vivem no povoado Malhada da Onça, mas que ficam isoladas de alguma ação existente no próprio povoado, em razão da distância do centro do mesmo e de ficar na divisa com o povoado Belisca Pau. 

No Banda de Lá, duas grandes reclamações: uma, é a falta de transporte escolar para “as crianças” estudarem. “Elas vai (sic) a pé até a escola da Malhada da Onça”, disse uma das mães.

A frase deixa claro que as pessoas residentes no Banda de Lá não têm o sentimento de pertencimento ao povoado em que moram: Malhada da Onça, evidentemente pelo descaso que a Prefeitura e a Câmara deixam a referida comunidade.

Realmente essa comunidade fica bem distante da escola 22 de Julho e fica claro o sacrifício que as crianças ali residentes têm muita dificuldade de irem à escola.

Por que a Secretaria Municipal de Educação não resolve esse antigo problema é a pergunta que nunca foi calada?

Como na visita anterior, a comunidade cobra que o prefeito Charles Regueira “pague’ a promessa de campanha e ali construa um chafariz.

“Ele prometeu o poço”, afirmou a senhora Maria Porto, no que foi confirmada pela senhora Maria Pastora, com um “prometeu sim”. Dona Pastora arrematou: “ele vai voltar aqui”, referindo-se ao Prefeito e uma possível futura campanha eleitoral.

As pessoas vão “pegar” água bastante distante da comunidade.

“Como vão?”, perguntamos.

De carroça de mão, de burro ou até de carro de boi, disse-nos Eduardo Correia. Ele deixa claro que a comunidade está abandonada pela administração.

>Produção: Partido dos Trabalhadores de São Sebastião, Alagoas
Contato - Imeio: ptssal@bol.com.br - Blogue: ptssal.blogspot.com
Redação Paulo Bomfim – Secretário Municipal de Organização do PT-SS
Fonte: 1ª Visita do PT em 2015 a Filiados e Filiadas
Data:15-2-2015 – Domingo de Carnaval

SãoSebastião2015-POR QUE AS AULAS AINDA NÃO FORAM INICIADAS?

  Seria para não gastar os dinheiros municipais com os pagamentos dos salários dos “servidores contratados”?
Aliás, nessa tal de “contratação” existem ao menos 4 irregularidades fortemente prejudiciais e enganadoras ao trabalhador municipal. Ele é contratado irregularmente, perdendo vários de seus direitos trabalhistas. Quando for demitido, somente tem direito ao valor do FGTS e mesmo assim sem os 40% da multa rescisória. E mais! Para receber esse direito de sua condição de empregado em situação irregular precisa entrar na justiça do trabalho, já que a administração não o paga espontaneamente.
Sofre, então, outro prejuízo. Tem que pagar um advogado para poder receber o dinheiro do FGTS, que já é pouco. Mas sofre ainda uma redução, com as deduções das despesas dos valores de honorários advocatícios e das viagens a Penedo.
Como a administração não paga a Previdência Social, no futuro o trabalhador terá sérios problemas para aposentar-se ou mesmo nem conseguirá, pois não terá contribuição paga. Para piorar a situação, a administração cobra dele, empregado, o ISS (Imposto sobre a Prestação de Serviços de Qualquer Natureza), como se cada trabalhador fosse um profissional com a qualidade de autônomo, como um advogado, psicólogo, cabeleireiro, médico, contador, pedreiro, dentista etc., que realmente tem uma atividade de prestação de serviços.
Além dos prejuízos que impõe ao trabalhador. Existe a irregular cobrança que faz a arrecadação própria aumentar e muito. Considerando o histórico da arrecadação desse imposto municipal. Em 2013, a arrecadação do ISS somou: R$2.711.945,12. Em 2014, somou R$2.715.277,05. Esses valores podem ser alterados para mais ou para menos, quando a administração e a Câmara Municipal cumprirem a lei e colocarem a prestação de contas (PC) à disposição da população. Com o acesso à PC, você saberá quais os valores realmente cobrados. No entanto, o Tribunal de Contas Estadual não se manifesta sobre essa irregular cobrança.
Portanto, essa cobrança do ISS é ilegal, eis que o trabalhador municipal não é profissional autônomo. O empregado tem, então, direito à restituição do montante do valor do ISS irregularmente cobrado. Mas só o receberá se entrar com outro processo na justiça, pois a gestão não faz a restituição espontaneamente.
O não início do ano letivo no tempo correto acarreta ao alunado um imenso prejuízo. Os estudantes não aprendem adequadamente os conteúdos. Até mesmo o professorado fica prejudicado, pois não tem tempo de ministrar todo o conteúdo ou ensiná-lo de forma adequada. Assim, passa a ser considerado um profissional com trabalho deficiente.
No entanto, alunos da rede municipal, pais, mães e as entidades que os representam ficam em completo público silêncio. Todavia, existe alguma novidade nessa situação. Nos últimos dias muita gente tem reclamado sobre o não início das aulas no tempo correto. Naturalmente, as reclamações são feitas de forma praticamente privada. 
 A mãe de dois alunos, residente no povoado Belisca Pau, disse à reportagem que, inclusive, já foi orientada a procurar a Promotoria de Justiça, mas não o fez.  Ela até disse que: “eu tenho culpa, pois não tenho reclamado”, publicamente, é lógico. A reportagem a aconselhou a procurar também o Conselho Estadual de Educação e o Ministério da Educação, podendo fazer a sua reclamação pela internete.
Quando realizava a sua 1ª visita de 2015 a filiados e filiadas, e à população em geral, o Partido dos Trabalhadores ouviu essas reclamações nos povoados Terra Nova, Flexeiras, Banda de Lá e Belisca Pau, onde ouviu uma crítica bem mais forte.
As pessoas lembram que a administração também tem encerrado o ano letivo mais cedo. Eis outra ação que faz aumentar o prejuízo aos estudantes. Com certeza, a causa não é a falta de dinheiro para praticar um melhor sistema de escolarização, pois os dinheiros da merenda-escolar, do transporte-escolar, do PDDE, do Fundeb, do Salário-educação, do mais educação, do Eja, dentre outros recursos, sempre têm aumentado, como o PT e outras entidades têm divulgado a seus filiados e filiadas.

>Produção: Partido dos Trabalhadores de São Sebastião, Alagoas
Contato - Imeio: ptssal@bol.com.br - Blogue: ptssal.blogspot.com
Redação Paulo Bomfim – Secretário Municipal de Organização do PT-SS
Fonte: 1ª Visita do PT em 2015 a Filiados e Filiadas
Data: 16-2-2015 – Segunda de Carnaval

domingo, 15 de fevereiro de 2015

SãoSebastião2015-PARTIDO DOS TRABALHADORES FAZ MAIS UMA VISITA A FILIADOS E FILIADAS

Neste domingo de Carnaval (15-2-2015), o Partido dos Trabalhadores visitou filiados e filiadas, e simpatizantes, em diversos povoados deste Município.
 
Foi a 1ª visita desse ano.  Paulo Bomfim, Dimas Francisco, Paulo Henrique e Manoel Avelino visitaram as localidades: Gado Bravo de Baixo, Aldeia Olho d’Água do Tabuado, Bela Vista, Terra Nova, Pontes, Flexeiras, Malhada d’Areia, Malhada da Onça, Banda de Lá e Belisca Pau.
 
Durante as atividades da visita foram distribuídas informações diversas sobre este Município, bem como o convite para o IV Curso de Noções sobre Direito Legislativo Municipal (IV CDLM), que acontece no período de 1º de março a 1º de maio de 2015, além de colher informações sobre cada comunidade, que serão divulgadas à população para conhecimento de todos e todas.

Incrível! Fato que merece divulgação de imediato: a reclamação principal foi o fato das aulas ainda não terem se iniciado nas escolas municipais. As pessoas, inclusive, lembram que no ano passado as aulas também foram encerradas antecipadamente. Esse fato foi lembrado nos povoados Flexeiras, Belisca Pau e na comunidade do "Banda de Lá".

O Banda de Lá é um conjunto de cerca de 14 famílias que vivem no povoado Malhada da Onça, mas que ficam isoladas de alguma ação existente no próprio povoado, em razão da distância do centro do mesmo e de ficar na divisa com o Belisca Pau. 
No Gado Bravo de Baixo foram visitados Maria “do Sindicato”, Fernanda Ferreira e Damião Silva. Entregou-se texto sobre o dinheiro do PDDE da escola Joaquim Nabuco, daquele povoado, bem como outras informações sobre o Município.

Na Aldeia Olho d’Água do Tabuado, visitou-se Josernisse, Jicleane, Jenilson e Ana Paula. Distribuíram-se informações e conversou-se sobre a necessidade da população indígena ter um real representante na Câmara Municipal. Jenilson entendeu que a redução da votação do Neno Izidoro nas urnas do Canabrava representa a insatisfação da comunidade indígena com a atuação do vereador. O dinheiro do PDDE da escola Itapó também foi informado. Houve uma pergunta sobre o que era feito com o dinheiro. Informamos que a resposta está com o Conselho Escolar daquela escola.
No Bela Vista, que pouca gente conhece por esse nome e que é homônimo de outro povoado existente entre os povoados Flexeiras, em São Sebastião, e Olho d’Água do Mandacaru, visitaram-se a Valdice Teixiera que não estava, conversando com pai da mesma senhor Graciliano Teixeira.

No Terra Nova distribuiu-se informações sobre o Dinheiro Direto na Escola, que a escola daquele povoado, Rui Barbosa, recebeu do FNDE. O fato surpreendeu às pessoas, que não recebem informações da Prefeitura e da Câmara Municipal.

No Flexeiras, estivemos na residência do Ademário Gonzaga e Vera. O Mazinho estava participando do retiro de Carnaval da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Foi entregue à população a informação sobre o dinheiro do PDDE daquela escola: Jaime de Altavila. Outras informações sobre este Município e sobre a Câmara Municipal foram divulgadas. Ouviram-se elogios e críticas ao vereador Moézio Santana.

No Malhada da Onça soubemos que o Zé Ferreira, filho do senhor Antônio Ferreira, acidentou-se na ponte sob o riacho Perucaba. A motocicleta que guiava enganchou-se no buraco existente naquela ponte e “por Deus não caiu dentro do rio”, disse a senhora que pediu providências ao Prefeito e ao Secretário Municipal da Área. Segundo ela, a “sorte” foi que o Zé Ferreira sempre anda muito devagar e, por isso, não foi arremessado para dentro do riacho.

Comentou-se também o acidente que vitimou o senhor Alfredo, mas que foi fora da ponte e que o mesmo não sabia dirigir direito. Mas, a notícia inicial sobre o acidente era de que ele havia se acidentado na ponte.

As pessoas também ficaram surpresas com os dinheiros do PDDE, da escola daquele povoado, 22 de Julho, e da José Félix de Carvalho Alves, na qual muitos jovens daquele povoado estudam.

Havia uma grande angústia da população, que estava esperando chegar o corpo de um dos moradores daquela comunidade. O Xavier. Ele faleceu em um “acidente de moto”, no Estado do Espírito Santo, onde estava trabalhado como motorista de uma usina. A funerária foi buscá-lo. A família e amigos esperavam velar o corpo.

Estivemos na casa da filiada e liderança sindical, Maria de Oliveira, a “Lia”, que recebeu informações e o convite para participar do IV CDLM.

No Banda de Lá, duas grandes reclamações: a falta de transporte para “as crianças” estudarem. “Elas vai (sic) a pé até a escola da Malhada da Onça”, disse uma das mães. A frase deixa claro que as pessoas residentes no Banda de Lá não têm o sentimento de pertencimento ao povoado em que moram: Malhada da Onça, evidentemente pelo descaso que a Prefeitura e a Câmara deixam a referida comunidade.

Realmente essa comunicada fica bem distante da escola e fica claro o sacrifício que as crianças a existente têm muita dificuldade de irem à escola. Por que a Secretaria Municipal de Educação não resolver esse antigo problema é a pergunta que nunca foi calada?

Como na visita anterior, a comunidade cobra que o prefeito Charles Regueira “pague’ a promessa de campanha e ali construa um chafariz. “Ele prometeu o poço”, afirmou a senhora Maria Porto, no que foi confirmada pela senhora Maria Pastora, com um “prometeu sim”. Dona Pastora arrematou: “ele vai voltar aqui”, referindo-se ao Prefeito.

As pessoas vão “pegar” água bastante distante da comunidade. Como vão?, perguntamos. De carroça de mão, de burro ou até de carro de boi, disse Eduardo Correia. Ele deixa claro que a comunidade está abandonada pela administração.

No Belisca Pau alguém pediu para a Prefeitura sinalizar sobre o perigo que é a ponte sob o riacho Perucaba. “Ela fica numa curva, mas não tem nenhum alerta”, disse o motoqueiro que não quis se identicar, com um “não precisa de nome não!”, disse. Foram distribuídas informações. Muita curiosidade despertaram os dinheiros deste Município em geral.

Mas, “não dizem que o dinheiro foi reduzido?”, perguntou uma das jovens ali residentes. Chamaram à atenção os dinheiros do PDDE da escola Maria Edelvita da Silva, daquele povoado, bem como o da escola Padre Anchieta, que fica no povoado Lagoa Seca e onde diversos jovens do Belisca Pau estudam. Ouviram-se reclamações sobre a não colocação do nome escola no muro da mesma, durante as obras da reforma. “Quem passa aqui não sabe que escola é essa”, disse o pai de um aluno.

A crítica mais veemente sobre o ainda não início das aulas neste Município foi feita por uma mãe que residente nesse povoado. Todavia, ela mesma reconheceu que “eu tenho culpa, pois não reclamado; apesar já ter sido orientada a procurar o Ministério Público, mas o promotor quase sempre não está aqui”, disse. Comentamos o fato do promotor que atua nesta Comarca ser substituto e que há tempos aguardamos uma audiência com a Procuradoria Geral de Justiça.

Quanto aos quebra-molas construídos no AL-110, afirmou-se que “foi bom!”. “Nunca mais ninguém foi atropelado ou morreu”, disse uma das moradoras vizinha à escola.

Bem...

No povoado Belisca Pau foram encerradas as atividades dessa 1ª visita do Partido dos Trabalhadores a filiados e filiadas, e à população em geral. 

 

sábado, 14 de fevereiro de 2015

SãoSebastião2015-PT-CDL-CONTEÚDOS E METODOLOGIA

Abaixo os conteúdos do IV Curso e a sua metodologia, bem como os nomes dos instrutores-facilitadores.

DE
MARÇO
1ª AULA
Apresentação do Curso:
Tema e Lema
Dimas Francisco
Márcia Bomfim
2ª AULA
Resumo Histórico de São Sebastião-AL
Dimas Francisco
Paulo Bomfim
15
DE
MARÇO
3ª AULA
Noções de Gramática e de Redação I
Márcia Bomfim
Jacinto Lino
4ª AULA
Direito Legislativo Municipal (DLM) - Introdução Histórica
Paulo Henrique
Dimas Francisco
29
DE
MARÇO
5ª AULA
Noções de Gramática e de Redação II
Márcia Bomfim
Jacinto Lino
6ª AULA
DLM – Níveis de poderes e separação de funções
Paulo Henrique
Dimas Francisco
12
DE
ABRIL

7ª AULA
Noções de Gramática e de Redação III
Márcia Bomfim
Jacinto Lino
8ª AULA
DLM – Câmara: organização, funcionamento, atribuições, e competências
Dimas Francisco
Paulo Bomfim
26
DE
ABRIL

9ª AULA
Noções de Gramática e de Redação IV
Márcia Bomfim
Jacinto Lino
10ª AULA
DLM – Câmara – Lei Orgânica e Regimento Interno
Paulo Henrique
Dimas Francisco
DE
MAIO
AULA DA
SAUDADE
Direito Sindical Brasileiro
Dia do(a) Trabalhador(a)
Professor
(a convidar)
ENCERAMENTO
SARAU
Artistas locais

Obs.: Com o desenvolvimento das atividades do IV Curso, alguns aspectos desta programação podem sofrer alteração, conforme a necessidade do conjunto de participantes.

Temas Multiadministrativos que serão debatidos:

>“Administração Municipal e Concretização dos Direitos das Infâncias e das Juventudes – Dijailson José
>”A Problemática das Obras Municipais” – Adenil Rocha

ÉrikaKokay-'GESTÃO DE EDUARDO CUNHA AMEAÇA DEMOCRACIA BRASILEIRA'

Para Érika Kokay, o legislativo deve ser o mais plural dos poderes e não ser guiado apenas por uma concepção de mundo conservadora e preconceituosa.


Desafeto do governo Dilma, evangélico fundamentalista e porta-voz dos interesses mais mesquinhos das grandes corporações, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) assumiu a presidência da Câmara há apenas 15 dias e já mudou a cara do parlamento brasileiro. “A nossa democracia está em risco e estamos mergulhando, aqui nesta casa, em um período de muitas trevas”, afirma a deputada Érika Kokay (PT-DF), reconhecida militante dos direitos humanos e das minorias.
De acordo com ela, o país vive hoje uma crise flagrante da democracia representativa, com um parlamento que não espelha a realidade social e se torna mais cada vez mais refém de grupos específicos . “Temos poucas representações de mulheres e trabalhadores, por exemplo. Com as eleições cada vez mais deformadas pelo poder do dinheiro, o que mais cresce no Congresso é a Bancada do BBB: bala, boi e bíblia”, analisa.
Para piorar o quadro, Kokay acrescenta que a gestão do presidente Eduardo Cunha, erroneamente vinculada à sua concepção de mundo, tende a aprofundar o problema, colocando conquistas importantes dos brasileiros sob o risco de retrocesso. “Se o presidente da Casa passa a pautar os trabalhos a partir da sua concepção de mundo, da sua concepção religiosa, ele comete um atentado contra a pluralidade que deve ser a marca do poder legislativo”, denuncia.
De fato, na pauta da Câmara para o novo período, já abundam proposições de cunho conservador e discriminatório, como os projetos de autoria do próprio Cunha que institui o Dia do Orgulho Hétero e que criminaliza o preconceito contra heterossexuais. “Esses projetos são um verdadeiro escárnio contra as vítimas da homofobia, um atentado contra a população LGBT que já sofre um forte processo de desumanização simbólica e literal”, contesta a deputada.
Também ganham força na Casa a tramitação propostas de outros companheiros ideológicos dele, como a que cria o Estatuto da Família, um receituário conservador que restringe o núcleo familiar à união de um homem e uma mulher e, na prática, impede a adoção por casais homossexuais, e o Estatuto do Nascituro, que endurece as já medievais leis anti-aborto brasileiras e institui a “bolsa-estupro” para que as mulheres criem os filhos decorrentes desse tipo de violência, ao invés de terem a opção legal de interromper a gestação.   


Mesmo as bandeiras mais progressistas empunhadas pela sociedade brasileira, como a da reforma política, ganham novos contornos na gestão do peemedebista, que não esconde sua vocação para fazer oposição a quaisquer pautas mais progressistas do governo ou da sociedade. Apesar da OAB, CNBB e mais 200 entidades terem encaminhado à Casa um projeto de Lei que proíbe o financiamento privado de campanha por empresas, o que ele submeteu à tramitação é justamente o que amplia e regulamenta o dispositivo.
“Cunha está se apropriando da bandeira da reforma política, necessária para o povo brasileiro, para tirar dela qualquer caráter transformador. O que ele quer é constitucionalizar o financiamento privado de campanha, justamente o que os movimentos sociais e a sociedade civil organizada lutam para mudar. O que ele quer é reforçar o poder econômico e excluir os setores que historicamente foram marginalizados no nosso país”, avalia Kokay.
Nos trâmites internos da Casa, a mudança também já é evidente e preocupante. Para adequar às suas concepções políticas e ideológicas a rotina do poder que mais deveria ser plural, Cunha vem interferindo até mesmo em regras tradicionais do parlamento, como a que designava a definição dos critérios para eleição da bancada feminina às deputadas eleitas.
“Pela primeira vez, um presidente determinou o critério pelo qual se deve dar a votação da coordenadora da bancada feminina. E determinou que seja através da decisão dos blocos, o que favorece seu grupo e impede, por exemplo, que o maior partido da casa, o PT, possa apresentar candidatura própria”, explica.
Conforme Kokay, não há ingerência da mesa diretora da Câmara em nenhuma bancada partidária, à exceção da feminina. “As mulheres tinham que decidir seus critérios com autonomia, como sempre o fizeram. Sem imposições do presidente, que está destruindo instrumentos conquistados pela luta das mulheres nesta Casa”, ressalta.
Até a TV Câmara, a emissora pública da casa até então comandada por funcionários de carreira do parlamento, está sob a mira da concepção religiosa do novo presidente. Segundo notícias veiculadas esta semana na imprensa, ele pretende entregar sua gestão ao PRB e determinar que a direção do veículo seja assumida por terceirizados, vinculados à Igreja Universal.
O sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF), inclusive, já manifestou preocupação com a medida em nota oficial. E declarou que entrará em contato com os demais membros da mesa diretora da Câmara para cobrar a manutenção do veículo sob a direção dos servidores de carreira e a permanência da isenção e pluralidade da linha editorial.
“Cunha representa um projeto de poder que desrespeita a laicidade do estado e a pluralidade de vozes no parlamento. Ele vem dizendo que vai respeitar sempre a maioria, mas um presidente da Câmara precisa respeitar também as minorias. Ou a sociedade civil se mobiliza na perspectiva de que nós possamos fazer frente a isso que está se desenhando neste poder legislativo, ou esta vai ser uma legislatura que vai nos remeter a uma lógica medieval. Vai retirar uma série de avanços da sociedade”, ressalta Érika Kokay.


http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/-Gestao-de-Eduardo-Cunha-ameaca-democracia-brasileira-/4/32873

Poupança2015-POLÍCIA FEDERAL VAI INVESTIGAR BOATO SOBRE CONFISCO DE POUPANÇA

A Polícia Federal vai investigar um boato falso, que tem circulado nas redes sociais, de que o governo federal confiscaria cadernetas de poupança ou aplicações financeiras de brasileiros. A determinação para o inicio das investigações pela Polícia Federal (PF) foi feita pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na sexta-feira(13).

A mensagem falsa começou a circular nas redes sociais Twitter, Facebook e Whatsapp, nesta semana. O texto foi atribuído à Caixa Econômica Federal e afirma que o congelamento de poupanças ocorreria a partir de 17 de fevereiro, ‘por motivo econômico do Brasil’.

Em nota veiculada ontem (13), no site do Ministério da Justiça (MJ), Cardozo anunciou ter pedido a imediata e rigorosa apuração da origem dos boatos que circulam nas redes sociais relacionados à caderneta de poupança.

Ainda na sexta-feira, o Palácio do Planalto informou que o governo federal não estuda nenhuma medida relacionada ao confisco de poupanças dos brasileiros, ao contrário do que afirma o boato espalhado nas redes sociais.

Também por meio de uma nota à imprensa, o Ministério da Fazenda se pronunciou sobre o assunto e negou medidas de retenção de poupança.

Tais informações são totalmente desprovidas de fundamento, não se conformando com a política econômica de transparência e a valorização do aumento da taxa de poupança de nossa sociedade, promovida pelo governo, através do ministério da Fazenda”, esclarece o texto.


Da Redação da Agência PT de Noticias - http://www.pt.org.br/pf-vai-investigar-boato-sobre-confisco-de-poupanca/

PedroSerrano-PARA JURISTA, OPERAÇÃO LAVA JATO É POSITIVA, MAS ‘CORRE RISCO’ DE SER INVALIDADA

Pedro Serrano diz que ação da Polícia Federal para apurar supostas irregularidades na Petrobras pode ser prejudicada se ficar comprovado que violou direitos individuais previstos na Constituição

'Não se cogita juridicamente de um impeachment da presidente Dilma', diz Pedro Serrano
São Paulo – A operação Lava Jato corre o risco de acabar invalidada, se, posteriormente, ficar caracterizado que as investigações foram sustentadas sobre violações de direitos e abusos. A opinião é do jurista Pedro Serrano, professor de mestrado e doutorado em Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Para ele, não é só a Lava Jato que utiliza a banalização das prisões cautelares e preventivas. “Quarenta por cento dos aprisionados hoje no Brasil estão presos sem terem tido o direito de se defender.”
A operação – que se tornou pública em março de 2014 – revelou suposto esquema de corrupção envolvendo a Petrobras e empreiteiras.
Segundo Serrano, a operação é positiva para o país, como consequência de uma política do governo federal de criar um sistema impessoal de combate à corrupção, estabelecida a partir do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. “Mas às vezes um ou outro dos agentes alçados a um papel de mídia acaba influenciado por isso, acaba prejudicando a operação e ofendendo direitos das pessoas.”
Pedro Serrano também refuta a tese de impeachment defendida pelo colega Ives Gandra Martins há dez dias, ainda comentada em corredores do Congresso e em páginas de jornal. “O professor Ives é um dos juristas que eu mais admiro no campo do direito tributário brasileiro, mas tenho que divergir densamente do parecer dele.”
Na avaliação de Serrano, a “tese da culpa”, utilizada por Ives Gandra, faz parte do “campo do Direito Civil para resolver questões de indenização”. Essa figura jurídica, diz, não pode ser aplicada na área penal ou no campo do crime político.
Pedro Serrano falou à RBA por telefone.
Em que medida a Operação Lava Jato pode ou não trazer benefício ao país, considerando que parece haver uma investigação seletiva do caso?
Não tenho uma visão essencialmente crítica à operação. Acho que ela é consequência de toda uma política do governo federal, que vem desde o presidente Lula, de criar um sistema impessoal de combate à corrupção. Você tem uma Polícia Federal, um Ministério Público e um Judiciário independentes que funcionam como máquinas impessoais de apuração de corrupção. A Lava Jato em si é muito positiva, faz parte de uma política pública criada para isso. Mas ela corre risco, porque às vezes um ou outro dos agentes alçados a um papel de mídia acaba influenciado por isso, e acaba prejudicando a operação e ofendendo direitos das pessoas. Têm ocorrido algumas inconstitucionalidades marcantes que me preocupam, como a prisão preventiva abusiva. No país, não só na Lava Jato, você tem a banalização das prisões cautelares e preventivas. Quarenta por cento dos aprisionados hoje no Brasil estão presos sem terem tido o direito de se defender. É como disse o ministro Marco Aurélio: estão prendendo primeiro para se investigar depois. Isso é muito grave. O que me preocupa na ação de toda a máquina judiciária no Brasil é a ofensa a certos direitos humanos fundamentais, como a presunção de inocência, a regra de que o sujeito só deve ser preso depois de decisão transitada em julgado.
A Lava Jato não pode acabar como a Satiagraha, por exemplo, invalidada por problemas de investigação?
Creio que ela corre esse risco, sim, por causa desse tipo de abuso que tem sido cometido e várias inconstitucionalidades e ilegalidades. Corre-se o risco de termos provas e apurações anuladas. Ou uma coisa que é pior: a utilização da mídia para coagir o Judiciário a esquecer os direitos fundamentais da Constituição.
Mas isso já não está acontecendo?
Creio que em certa medida. Mas ainda não está caracterizado isso. Ainda esta semana (terça, 10) saiu decisão da turma do Supremo mantendo o Habeas Corpus do (ex-diretor de Serviços da Petrobras) Renato Duque. Mas eu vejo esse perigo, de no futuro haver dois caminhos ruins: ou ter a operação anulada, por conta das ilegalidades que estão sendo praticadas, ou ter o Judiciário subjugado pela mídia e passando por cima dos direitos fundamentais e direitos humanos da Constituição, uma conduta até pior. É melhor anular a operação para defender direitos fundamentais do que atos abusivos ilegais serem tidos como lícitos para satisfazer a mídia. Não se deve nunca passar por cima dos direitos fundamentais das pessoas.
Como o senhor vê a tese de impeachment de Dilma Rousseff?
Não se cogita de um impeachment da presidente Dilma, do ponto de vista constitucional. Dilma mal iniciou o mandato dela, não há nenhum indício sequer da participação ou do conhecimento dela da prática de qualquer ato de improbidade na Petrobras. Não tem cabimento jurídico, ao meu ver, se cogitar de pedi-lo.
O professor Ives Gandra é um dos juristas que eu mais admiro no campo do direito tributário brasileiro, mas tenho que divergir densamente do parecer dele. Acho que é um parecer que não tem a consistência habitual dos pontos de vistas jurídicos do professor Ives.
Ele não aponta fatos...
Ele cogita o impedimento por culpas civis genéricas, como escolha de gestores. Por exemplo, você escolhe um administrador de empresa estatal, se ele se corromper você é culpado. Logo, pode ser impedido pelo Legislativo. Isso não tem sentido.
Como diferenciar da tese do domínio do fato?
Seria a culpa. Domínio do fato é um outro conceito, que não cabe cogitar aqui agora. Mas (a tese da culpa) existe no campo do Direito Civil para resolver questões de indenização. Esse tipo de culpa não pode implicar na aplicação de sanções severas no campo penal ou no campo do crime político, como está sendo estabelecido.
No crime político tem de haver o dolo, ou no mínimo o que se chama de culpa comissiva, se provar que a presidente sabia que estava se praticando ato de corrupção e ela coonestou com isso não tomando medida nenhuma. Seria um crime, portanto, de prevaricação. Nada disso está comprovado. Agora, querer usar da culpa civil comum, trazer matérias e conceitos próprios do direito civil para o âmbito penal, do qual o crime político se aproxima, vamos dizer assim, acho totalmente contrário à Constituição. O julgamento do impeachment é político não porque ele seja feito fora do direito, do processo legal, dos direitos fundamentais, mas porque ele é feito pelo órgão político da estrutura do Estado, que é o Legislativo.
A palavra “político” não pode ser usada como excludente do jurídico, mas como um tipo de julgamento que se dá dentro do Direito, submisso à Constituição, ao processo legal, inclusive submisso às questões de culpabilidade impostas pela Constituição. Ela é clara no artigo 85. “São crimes de responsabilidade os atos do presidente”. Pode se aplicar o impedimento por “atos”, diz a Constituição. A legislação que regula o impeachment em nenhum momento fala da modalidade culposa. Então realmente não há a meu ver fundamento constitucional, legal ou jurídico. Até porque seria algo estranho à estabilidade mínima que a democracia tem que ter. Imagine quantos dirigentes de estatais o presidente nomeia. O que ele pode fazer é adotar medidas de cautela, e isso foram adotadas. A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) provavelmente investigou todos os nomeados antes e verificou se tinham uma prática anterior de corrupção. Creio que não. O presidente não pode ser responsabilizado pelo que o seu nomeado fizer posteriormente.
O curioso é que o parecer de Ives Gandra foi pedido por José de Oliveira Costa, que é advogado de Fernando Henrique Cardoso...
Não quero e não vou afirmar que o professor Ives deu esse ponto de vista por conta de um elemento ideológico, que teria influenciado sua conclusão jurídica. Ele não é homem de fazer isso. Tenho uma divergência técnico-jurídica com ele. Acho que ele se equivocou no plano técnico-jurídico. Para mim cometeu um equívoco grave nesse plano. Não sou só eu quem acha isso. Uma boa parte da comunidade jurídica tem se manifestado nesse sentido. A culpa civil comum não pode gerar impedimento do presidente da República.
Para quem lê as manchetes e comparações, como diferenciar o caso Collor da tentativa contra Dilma?
A Fernando Collor foram pagas despesas dele, que recebeu um carro, a Elba, a reforma da Casa da Dinda, de esquema de corrupção, ou seja, foi beneficiário do esquema de corrupção e isso foi demonstrado claramente. Ele obteve benefícios na pessoa física de dinheiro produto de corrupção. Quanto a Dilma, não chega nem perto disso, não se cogita. A investigação da PF demonstra que a presidente não teve participação nenhuma nisso. São situações jurídicas absolutamente diversas. Tinha indício sólido de que o presidente Collor sabia do esquema e, mais do que isso, sustentava esse esquema porque dele recebia benefício.

http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2015/02/para-jurista-operacao-lava-jato-2018corre-risco2019-de-ser-invalidada-4136.html