A condenação mais recente foi contra a revista
IstoÉ, que praticou misoginia com a mulher Dilma Rousseff, que como Presidenta
da República sofre tentativa de golpe de estado, por intermédio do pretexto de
um processo de impítima.
“Misoginia é a repulsa, desprezo ou ódio contra às mulheres”. O adjetivo misógina caracteriza quem pratica “aversão mórbida e
patológica ao sexo feminino”. A pessoa ou a instituição misógina no geral está
diretamente relacionada à violência que é praticada contra as mulheres.
Abaixo, leia matéria publicada no blogue Maria Frô,
na revista Fórum.
“IstoÉ misógina é condenada pela justiça
Em abril deste ano a revista IstoÉ fez
uma das capas mais misóginas de sua história, manipulando uma imagem da
presidenta Dilma Rousseff e acusando-a de desequilíbrio psicológico sem citar
uma única fonte. A revista foi processada por Dilma que acaba de ganhar direito
de resposta. A Justiça deveria também fazer a IstoÉ indenizar a pessoa Dilma
Rousseff pelos danos morais causados com capa tão absurda.
A juíza Tatiana Dias da
Silva destaca em sua sentença que embora o alvo de IstoÉ seja a presidenta da
República, isso “não
autoriza qualquer meio de comunicação a divulgar deliberadamente quaisquer
informações escondendo-se sob o manto do direito de informação, uma vez que tal
direito tem que ser guiado pela veracidade do conteúdo publicado”. Segundo a
juíza, “o direito de resposta é pautado tanto pela ampla defesa quanto pelo
direito público à informação verídica”.
Justiça condena IstoÉ e concede direito de resposta
à presidenta Dilma
Por Dilma.com - 30 DE JULHO
DE 2016
A presidenta Dilma Rousseff ganhou o direito de
resposta na Justiça Cível de Brasília, em ação movida pela Advocacia-Geral da
União, contra a revista IstoÉ, semanal publicada pela Editora Três. Trata-se da
primeira vitória da presidenta Dilma contra IstoÉ que, em 1º de abril deste
ano, deu capa para a reportagem “Uma presidente fora de si”, assinada por
Débora Bergamasco e Sérgio Pardellas. A Justiça condenou IstoÉ em processo que
corre no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
A revista ainda publicou, na mesma edição, o
editorial “Hora da xepa no Planalto”, em que consta que a presidenta teria
transformado o Planalto “numa casa de tolerância”, e que “a mandatária já havia
transferido informalmente suas funções ao padrinho investigado Lula”. A revista
terá de conceder o mesmo destaque, espaço, diagramação e publicidade, conforme
o dispositivo da Lei 13.188/15.
“Sem prejuízo do direito inalienável à opinião e à
crítica, quando a imprensa divulga, em seu espaço destinado a notícias,
informações fidedignas e previamente verificadas, presta um serviço fundamental
à democracia e à cidadania. No entanto, quando distorce ou inventa fatos e
ofende pessoalmente aqueles que acusa, incorre em crime contra a honra e, no
limite, contra o Estado Democrático de Direito”, afirma a presidenta Dilma
Rousseff.
“É o que julgo ter acontecido com a ‘reportagem’
veiculada pela revista IstoÉ, em sua edição que veio a público no dia 1º de
abril de 2016. Utilizo aspas na palavra reportagem porque entendo que aquilo
que foi publicado é menos do que isso. O texto, a edição e a escolha das fotos
revelam uma estória falsa, eivada de agressões misóginas e machistas”, critica
a presidenta.
“A ‘reportagem’ de capa desta revista me ofende,
sem dúvida, por me atribuir comportamento que não condiz com minha atitude
pessoal e meu temperamento. Insulta a figura institucional da Presidência da
República. Estende a agressão a todas as mulheres brasileiras, guerreiras que,
no seu dia a dia, enfrentam duras batalhas, muitas vezes em jornadas de
trabalho duplicadas pela necessidade de cuidar da família e dos filhos, em
busca de sua autonomia e de seu justo espaço na sociedade”, afirma Dilma
Rousseff.
A juíza Tatiana Dias da Silva, da 18ª Vara Cível de
Brasília, deu ganho de causa à presidenta Dilma Rousseff, reconhecendo o
direito de resposta que a revista será obrigada a conceder. “O direito de
resposta é garantido constitucionalmente no art. 5º, V: ‘é assegurado o direito
de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material,
moral ou à imagem’”, destaca a juíza.
Na sentença, a juíza Tatiana Dias da Silva destaca
que embora o alvo de IstoÉ seja a presidenta da República, isso “não autoriza
qualquer meio de comunicação a divulgar deliberadamente quaisquer informações
escondendo-se sob o manto do direito de informação, uma vez que tal direito tem
que ser guiado pela veracidade do conteúdo publicado”. Segundo a juíza, “o
direito de resposta é pautado tanto pela ampla defesa quanto pelo direito
público à informação verídica”.
Os advogados da presidenta pretendem mover outras
ações contra a revista IstoÉ, por novas publicações consideradas ofensivas
contra a honra de Dilma e da família Rousseff, que foram alvo de duas outras
reportagens publicadas em julho sobre supostas mordomias. Segundo a revista, a
família de Dilma Rousseff teria recebido ilegalmente segurança e carros, no que
consistira um abuso.
Na realidade, o dispositivo de segurança extensivo
à família da presidenta e do vice-presidente da República é uma exigência da
lei. Por conta dessas duas últimas reportagens, IstoÉ será processada cível e
criminalmente por ofensa, infâmia e calúnia, infâmia, ofensa e calúnia.
Leia também:
http://www.revistaforum.com.br/mariafro/2016/07/30/istoe-misogina-e-condenada-pela-justica/
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