O portal Brasil
Debate publicou uma interessante matéria sobre a espécie de jornalismo
praticado pela revista Veja, editada pela editora Abril.
Abaixo, você pode ler a matéria e tirar as suas
conclusões:
Três motivos para votar em Dilma
Os
governos Lula e Dilma puseram em prática um modelo de desenvolvimento
historicamente inovador que impôs um novo rumo civilizatório para o País, com
incontestes avanços sociais. Um rumo que, apesar das dificuldades presentes,
precisa continuar sendo seguido
No ar desde a última semana de julho, o Brasil Debate
chega às vésperas do primeiro turno da eleição presidencial tendo cumprido a
missão a que se propôs. Nestas 12 semanas, além de notas e entrevistas,
publicamos mais de 90 artigos inéditos, escritos por cerca de 80 intelectuais e
especialistas que se engajaram nesta tarefa, aos quais agradecemos
enfaticamente.
Algumas importantes entrevistas e cerca de 90 notas
sobre aspectos econômicos e sociais, bem como a edição e produção de gráficos e
tabelas, completaram o trabalho. A repercussão e o interesse provocados por
estes esforços foram e continuam sendo gratificantes.
O saldo do debate é amplo e não poderia ser
reproduzido em poucas páginas. Mas, neste momento importante para democracia
brasileira, trazemos uma conclusão simples e direta: na opinião da equipe que
criou e coordenou o Brasil Debate, a melhor opção de voto em 05 de
outubro é em Dilma Rousseff.
Três grandes motivos justificam esta opção, que
vimos a público manifestar.
1º motivo: O Brasil melhorou
Os avanços sociais durante o governo Dilma, em
prosseguimento ao período Lula, são incontestes e estão fartamente
documentados. Destacamos a redução da desigualdade social e a redução drástica da pobreza como grandes
conquistas dos últimos governos, que tiveram apoio na política de valorização do salário mínimo e nas melhorias do
mercado de trabalho, com o aumento da formalização aumentou e a redução do desemprego. Também foram importantes os programas
de transferência de renda, da Seguridade Social e aqueles voltados ao combate
da extrema pobreza.
Essas conquistas não foram obra do acaso, mas fruto
de política deliberada e da construção de um modelo de desenvolvimento historicamente inovador em que a questão social
tem importância estratégica e a distribuição de renda também funciona como mecanismo que impulsiona o crescimento.
Para além do aumento expressivo mobilidade social, os
colaboradores do Brasil Debate também identificaram avanços importantes em
diversas áreas como, por exemplo, na saúde, na redução do desmatamento, nas políticas para agricultura familiar, na questão energética, nos direitos trabalhistas, na habitação, no saneamento, e na ampliação e democratização do acesso à educação em todos os níveis, com destaque
para a ensino infantil e superior.
Este rumo civilizatório, apesar das dificuldades
presentes, precisa continuar sendo seguido.
2º motivo: Há riscos de retrocesso
O projeto implementado nos últimos 12 anos causa desconforto em segmentos privilegiados da sociedade,
que têm baixa adesão às convicções democráticas e não se conformam com a
ascensão e a pretensão das camadas populares de influir nos rumos do país.
Esse desconforto foi canalizado pelas candidaturas de Marina Silva e
Aécio Neves, e difundido pela mídia tradicional, que aposta na criação de mitos infundados, na retórica pessimista e na bandeira moralista.
O projeto conservador se apoia, no campo econômico,
em uma agenda de reformas neoliberais – explícitas ou implícitas nos programas
de Marina e Aécio – que inclui a flexibilização do mercado de trabalho, o fim da
regra de ajuste do salário mínimo, o desmonte da previdência social, a redução do papel dos bancos públicos e o encolhimento do Estado.
O programa de Marina Silva foi além, ao propor uma radicalização da pauta financeira, com propostas
como a independência do Banco Central, um conselho
externo para a política fiscal e a eliminação do crédito direcionado.
Na política externa, o projeto conservador propõe um
realinhamento com os EUA em detrimento da integração sul-americana e da construção da aliança estratégica com os BRICS.
Nesse contexto, os projetos de Marina e Aécio – apoiados pela elite
conservadora, pelo setor financeiro e pela imprensa tradicional – se
mostram contraditórios com o Estado de Bem-Estar Social previsto pela
constituição de 1988, e incompatíveis com as demandas das manifestações de
junho de 2013, que reivindicavam mais e melhores serviços públicos.
Resistir a esta agenda é fundamental para evitar
que o país retome um padrão de crescimento concentrador de renda e que desmonte
o nosso incipiente Estado de Bem-Estar Social.
3º motivo: Dilma é o caminho para avançar mais
Apesar dos progressos recentes, acreditamos que o
Brasil precisa assegurar o crescimento econômico, sem o qual dificilmente a
desigualdade poderia continuar a ser combatida com eficiência e
sustentabilidade.
Isto implicará, por um lado, a ampliação ainda maior dos investimentos na indústria,
infraestrutura e inovação, visando à redução dos custos e elevação
da produtividade e, por outro, na continuidade dos processos de controle fiscal, controle inflacionário e
redução dos juros.
Também – e não menos importante – será necessário
dar continuidade às mudanças capazes de tornar o Brasil um país mais justo e
igualitário. A redução das desigualdades de renda e riqueza e a
busca da universalização da cidadania e da democracia plenas ainda têm um longo
caminho pela frente.
Para isso, seria importante que a sociedade
pressionasse e o governo buscasse efetivar uma reforma política que melhorasse os mecanismos de
representação e reduzisse o poder econômico na política. A continuidade do
processo de reconstrução do planejamento e do papel do Estado – um difícil
caminho em função do desmonte ocorrido nos anos de 1990 – precisará vir
acompanhada de uma gestão do Estado ainda mais eficiente, transparente e
democrática.
Mudanças significativas no plano tributário também
se fazem necessárias para melhorar a eficiência produtiva e para avançar na
redução da desigualdade. Hoje a carga tributária brasileira continua sendo concentradora de
renda, enquanto o gasto público distribui.
Outros desafios também devem ser enfrentados, como,
por exemplo, a democratização da mídia, a segurança pública, as questões urbana e agrária,
os direitos das minorias, o reequilíbrio do pacto
federativo e a desmercantilização das políticas sociais.
Acreditamos que a candidatura Dilma é a única com
comprometimento e capacidade para enfrentar esses desafios e realizar mudanças.
- See
more at:
http://www.brasildebate.com.br/tres-motivos-para-votar-em-dilma/#sthash.lFjVVMPZ.dpuf
Nenhum comentário:
Postar um comentário