Os festejos juninos dizem muito forte e
de muito perto no coração e na alma dos nordestinos. Em 2014, porém, será
especialmente gostoso.
Em época de Copa, meu país é mais
bonito e próximo do que entendo e sinto por nação (uma pena, até, porque
deveria ser assim sempre). E se a economia aquece a temperatura desse
sentimento, necessariamente estaria hoje num grau de ebulição altíssimo.
Afinal, o País, desde Cabral, jamais obteve índices econômicos tão favoráveis
quando ao lado dos inéditos resultados obtidos no enfrentamento das abissais,
cruéis e nunca enfrentadas desigualdades sociais. Isto no meio de crises
mundiais
capitalistas severas. A corrupção, por
sua vez, nunca foi tão combatida e os resultados, tão eficazes. Respeito e
destaques internacionais inéditos. Nossa presidenta é a 4ª mulher mais
importante do planeta. O Brasil, a 7ª economia mundial. E as Olimpíadas! E a
Copa!
Lembro-me quando conquistamos o direito
de sediá-la, competindo com algumas das principais nações europeias, além do
império estadunidense. Os brasileiros com a autoestima nas alturas a
comemorarem o feito Ppaís afora. Até que veio “o dia seguinte”, e aí...
Aí, martelou-se na cabeça do incauto
tupiniquim que o Brasil gasta com a Copa e gasta mal, falseando e deturpando a
informação. Propositadamente, confunde-se gastos com investimento (obras de
infra-estrutura e mobilidade urbana) e com empréstimos (estádios), inclusive
omitindo-se a participação maciça dos governos estaduais e capital privado.
Enfia-se goela abaixo do brasileiro médio que o Brasil (e, portanto, os
brasileiros) é incapaz de fazer um evento desse porte, que a corrupção e a
leniência fazem parte do nosso DNA e, subliminarmente, que somos incapazes,
enquanto nação, de algo mais que sermos
servis e obedientes ao capital estrangeiro e a seus interesses inconfessáveis,
mas evidentes, em nossas riquezas (tão espúrios, portanto, quanto perigosos).
Neste São João, entretanto, nutro a
convicção de que a fumaça dos fogos e fogueiras das ruas da minha terra, que
viaja ao céu nordestino conferindo-lhe a cor esbranquiçada que irrita os olhos
mas esquenta a alma alegre e guerreira de nosso povo, desta vez estará turvada
do verde e amarelo do meu país.
Vivas, portanto, ao Brasil! Viva São João! Viva a Copa do Mundo 2014! E se Deus quiser, a venceremos. Mas se não der, que tenhamos vivido intensa, apaixonada e alegremente esse momento, direito, afinal, que conquistamos. O resto é esporte.
Vivas, portanto, ao Brasil! Viva São João! Viva a Copa do Mundo 2014! E se Deus quiser, a venceremos. Mas se não der, que tenhamos vivido intensa, apaixonada e alegremente esse momento, direito, afinal, que conquistamos. O resto é esporte.
Por: ANDRÉ FALCÃO DE MELO – advogado – www.gazeta.com.
Nenhum comentário:
Postar um comentário