Estado ganhou 2.187
profissionais que atendem a 7,5 milhões de pessoas. Segundo ministro da Saúde,
prioridade agora será melhorar a infraestrutura e aumentar vagas nos cursos de
medicina
São Paulo – Com o programa Mais
Médicos, o estado de São Paulo registrou uma redução de 70% nos encaminhamentos
para hospitais entre janeiro do ano passado e janeiro deste ano, em decorrência
do melhor atendimento na atenção primária que, segundo especialistas, tem o
potencial de tratar pelo menos 80% das doenças. O ministro da Saúde, Arthur
Chioro, que participou hoje (16) de um seminário sobre o tema em Santos, (SP),
afirmou que a prioridade será melhorar a infraestrutura dos equipamentos de
saúde e aumentar o número de vagas dos cursos de medicina no país.
O estado de São Paulo recebeu 2.187
médicos da atenção básica em 345 municípios pelo programa federal Mais Médicos,
que garantem atendimento para 7,5 milhões de paulistas, segundo o Ministério da
Saúde. O total de agendamentos de consultas aumentou 5,7%. O número de
atendimentos em saúde mental teve crescimento de 15,1% e de pacientes com
diabetes de 12,9%.
No Brasil, o número geral de consultas
na atenção básica cresceu 35% entre janeiro de 2013 e janeiro de 2014. O
destaque do Ministério da Saúde foi para os atendimentos de pacientes com
diabetes, que aumentaram 45%. Além disso, as consultas aos pacientes com
hipertensão arterial tiveram crescimento de 5% no mesmo período e o número de
pré-natais realizados aumentou em 11%. Os encaminhamentos para hospitais
diminuíram 20% em todo o país.
“Nós consideramos consolidada a fase de
trazer novos médicos. Agora, estamos investindo para melhorar o atendimento à
população. Estamos trabalhando em dois outros eixos do Mais Médicos: melhorar a
infraestrutura, ou seja, transformar os antigos postinhos em unidades básicas
de muita qualidade e, ao mesmo tempo, investir na ampliação do número de vagas
em medicina, tanto na ampliação nas faculdades já existentes quanto na
possibilidade de abrir novos cursos”, disse o ministro, durante o evento.
Segundo Chioro, o Ministério da Saúde
negocia com o Ministério da Educação (MEC) a possibilidade de abrir novos
cursos de medicina em Cubatão e no Guarujá (ambos em SP). Na última quarta-feira
(11), o MEC autorizou a abertura de dois cursos de medicina em instituições
privadas, totalizando 120 vagas. Serão 60 na Faculdade Ubaense Ozanam Coelho,
em Minas Gerais, e 60 nas Faculdades Integradas de Patos, na Paraíba.
Em maio deste ano, foi autorizada a
abertura de oito novos cursos de medicina em universidades federais de cidades
do interior do país, em um total de 420 vagas. Em janeiro, o Ministério da
Educação tinha autorizado a abertura de 1.340 vagas anuais em cursos de
medicina e, em dezembro de 2013, o órgão autorizou a abertura de 560 vagas para
cursos de medicina de universidades federais.
A meta prevista do Mais Médicos é abrir
11.447 vagas em instituições públicas e privadas até 2017. “Nós precisamos
trazer médico emergencialmente, mas precisamos pensar também a médio e a longo
prazo num equilíbrio entre o número de médicos existentes e aqueles necessários
para atender nossa população”, comentou o ministro.
Atualmente, os 9.501 médicos que
integram o programa estão distribuídos em 3.101 cidades e 32 distritos
indígenas. Com esse total, o programa atinge a quase 33 milhões de brasileiros
e contempla mais de 70% da demanda por médicos apontada pelos municípios. Mais
de 14 mil profissionais atuam em cerca de 4 mil cidades, superando a meta
prevista pelo Ministério da Saúde. A maioria (75%) dos médicos está em regiões
de grande vulnerabilidade social, como o semiárido nordestino, periferia de
grandes centros, municípios com IDHM baixo ou muito baixo e regiões com
população quilombola, entre outros critérios de vulnerabilidade.
Com informações do Ministério da Saúde
e da Agência Brasil
por Sarah Fernandes, da Revista Brasil Atual - publicado
16/06/2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário