Partido dos Trabalhadores

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domingo, 29 de junho de 2014

SãoSebastião2014-CAE-QUEBRA O DESRESPEITO DA ADMINISTRAÇÃO E DIVULGA, COM CERTA ANTECEDÊNCIA, A DATA, O HORÁRIO E O LOCAL DA REUNIÃO

Segundo informações da Ongue de Olho em São Sebastião, em 25-06-2014, o CAE (Conselho Municipal de Alimentação Escolar) comunicou que a reunião que aconteceria em 26-6-2014 (http://onguedeolho.blogspot.com.br/2014/06/saosebastiao2014-conselho-municipal-de.html), consoante calendário anteriormente divulgado à sociedade por intermédio da rádio comunitária Salomé FM, tinha sido adiada para 30-06-2014, às 09:00 horas, na sede do CME (Conselho Municipal de Educação).
 
O CAE é um dos instrumentos de participação social, tem natureza quadripartite, sendo composto por representantes da socidade civil organizada, do governo municipal, de pais e mães de alunos, e de trabalhadores do sistema escolar. Ele - o CAE - tem a grande responsabilidade de debater todas as questões relacionadas com a rerenda escolar, no âmbito municipal.
 
Neste Município, a política pública da merenda escolar sempre tem tido os mais diversos problemas: falta, má qualidade, pequena quantidade etc.. Os fatos estão sendo apurados pelo Ministério Público Federal, após denúncia do Sinteal e de diversos pais e mães de alunos. A Ongue informou que também passou a acompanhar o procedimento investigatório e divulgará as informações à população em seu jornal "OLHAR!" e na RadCom Salomé FM. 
 
É importanto que toda a sociedade participe da reunião, pois é nela que se poderá buscar soluções para resolver e melhorar a política pública municipal da merenda escolar. "A responsabilidade maior é do prefeito Charles Requeira, mas também é de todos e todas, especialmente dos dirigentes de entidades comunitárias e da sociedade civil, bem como de partidos políticos", afirma Paulo Bomfim, Conselheiro Municipal de Controle Social.










































terça-feira, 24 de junho de 2014

ControleSocial2014-QUEM É AUTORITÁRIO AQUI?

O recente Decreto 8.243 sobre a Política Nacional de Participação Social aprovado pelo governo federal não é uma medida impositiva quanto ao funcionamento dos diferentes Conselhos já existentes, alguns já há muito tempo, e nem imposição às autoridades do poder executivo para seguirem ipsis literis as posições reivindicadas pelas organizações da sociedade civil. Pelo contrário, o Decreto possui uma linguagem moderada e cautelosa, mas abre espaço para que as autoridades dos diferentes organismos governamentais estejam mais atentas aos anseios da sociedade para que esta não tenha que se fazer ouvir a cada momento nas ruas e, ao contrário, tenha espaços institucionais para se expressar de forma aberta e transparente. O Decreto inclusive poderá ser útil para reanimar a atuação de alguns conselhos que já foram mais mobilizados no passado.
Portanto, apesar de ser uma iniciativa singela que nos permite avançar alguns milímetros na frágil e imperfeita democracia brasileira, é uma medida relevante que merece todo nosso apoio, pois a nossa legislação é pobre no tocante à democracia participativa e a estrutura representativa que temos hoje é claramente insuficiente para dar conta dos anseios de uma população que se informa cada vez mais e que busca mais justiça social e participação nas decisões que afetam sua vida.
Espantosas, mas não surpreendentes, são as reações virulentas contra o decreto de parte de alguns parlamentares, órgãos de imprensa e assessores empresariais. Suspeito que estas reações decorrem da percepção de que perderão o monopólio das relações privilegiadas que têm com o poder executivo. Embora gritem em uníssono que o Decreto é autoritário e até ilegal, pois estaria usurpando o papel executivo das autoridades do governo federal e o papel legislativo dos parlamentares que seriam os legítimos "ouvidores" da população, na verdade os queixosos raramente apresentam suas reivindicações por meio de audiências públicas na Câmara ou no Senado. Pelo contrário, não gostam do governo atual, mas praticam intensamente seu lobby nas salas e corredores do Palácio do Planalto e dos Ministérios.
O Decreto não vai acabar com isso, mas os Conselhos poderiam exercer o papel de colocar os problemas e propostas da sociedade de forma transparente diante do governo para que este os avaliem e lhes dê o encaminhamento que achar conveniente. Da mesma forma, o Decreto não retira um milímetro das atribuições que cabe ao Poder Legislativo. Se uma proposta qualquer de legislação for apresentada pelo Poder Executivo após a discussão com determinado Conselho, isto não significa que o trâmite legislativo seja diferente do usual passando pelas Comissões e recebendo emendas antes de seguir para o plenário. Simplesmente os legisladores saberão qual é a opinião do Conselho e poderão considerá-la ou não.
Espantoso também é o baixo nível dos argumentos contrários de que esta medida seria "bolivariana" e que somente existe em países de regimes autoritários. Um colunista, ex-diplomata, afirmou desconhecer experiências semelhantes que não partissem de países onde o poder se concentra no Executivo. Ora um diplomata deveria conhecer um pouco mais do mundo e saber que no nosso vizinho Uruguai existem mecanismos que possibilitam à população convocar referendos sobre medidas de seu interesse a qualquer momento. Deveria saber que na virada do milênio, os países membros da OIT - inclusive o Brasil - aprovaram a Agenda do Trabalho Decente que entre seus quatro eixos inclui o Diálogo Social Tripartite não somente para solucionar conflitos, como também para discutir propostas para desenvolvimento e geração de emprego, renda e direitos.
Deveria saber que desde 1994 quando Nelson Mandela assumiu a presidência da África do Sul, foi instituído um organismo supra governamental chamado "National Economic Development and Labour Council" (NEDLAC) que reúne organizações empresariais, governo, centrais sindicais e outras organizações sociais para discutir propostas governamentais sobre economia, desenvolvimento, questões trabalhistas, e legislação social antes de seguirem para apreciação legislativa. Nenhum deputado sul-africano chia por causa disso. Pelo contrário, o debate prévio facilita sua vida, inclusive para identificar onde estão as tensões em relação às propostas.
A justificativa para criação de um Conselho com o formato do NEDLAC é muito lógica: "Nenhum parceiro social tem o monopólio das soluções". A atuação do nosso Conselho para o Desenvolvimento Econômico e Social diante da crise econômica mundial em 2009 foi fundamental para indicar ao governo que a saída não poderia ser por meio de demissões e contenção dos gastos públicos. O resultado foi o "Pibão" superior a 7% em 2010.
Portanto, mais uma vez estamos diante de posicionamentos hipócritas e interesses mesquinhos, estes sim frutos de mentes autoritárias. Em nome da democracia, vamos enfrentá-los.
Kjeld Jacobsen - Diretor da Fundação Perseu Abramo

Corrupção2014-LIVRO DE JUIZ IRRITA DEPUTADOS E REFORÇA ARGUMENTOS FAVORÁVEIS À REFORMA POLÍTICA

Os financiamentos privados de campanha e os caminhos percorridos pelos políticos após o período de eleições para fazer esse dinheiro retornar a seus donos voltaram a ser tema de polêmica nos últimos dias. Tudo por causa do livro "O Nobre Deputado", do juiz Márlon Reis, que aponta as práticas usadas por políticos e, principalmente, deputados federais para, uma vez no poder, contemplar seus financiadores com emendas de orçamento e licitações irregulares, entre outras táticas.
Divulgado antes do seu lançamento, o livro chamou a atenção do Congresso Nacional e o autor tornou-se alvo de uma representação junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Mas o episódio, mais que nunca, chama a atenção para a necessidade de uma reforma política no país, como defendem sindicatos, movimentos sociais.
Ao comentar a publicação na última semana, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, afirmou que a casa deveria processar o autor e pedir reparação. A representação contra Reis no CNJ diz respeito apenas à sua conduta como magistrado.
“Márlon Reis achacou a honra de 513 deputados com suposições, como se todos fôssemos responsáveis pela conduta de um parlamentar que não identifica quem seja”, ressaltou o parlamentar fluminense, um dos maiores inimigos do Marco Civil da Internet recentemente aprovado pela Câmara.
A mesma linha foi adotada por vários deputados que criticaram o livro. “A publicação traz acusações gravíssimas. Esse juiz não pode destruir a imagem do Parlamento dessa forma”, disse o líder do DEM, o deputado pernambucano Mendonça Filho. “Deveríamos pedir direito de resposta contra isso”, também reclamou Fernando Ferro (PT-PE).
Márlon Reis é autor do projeto de lei da Ficha Limpa e atualmente coordena o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que recolhe assinaturas para a apresentação ao Congresso de um projeto de reforma política. O magistrado fez uma pesquisa para sua tese de doutorado sobre as práticas dos candidatos durante as eleições. Os resultados são apresentados neste trabalho.
Reis ouviu parlamentares, assessores, coordenadores de campanhas eleitorais e profissionais de marketing entre 2007 e 2013. Vasculhou detalhes sobre os meandros das campanhas políticas e as formas de captação de recursos para bancar uma vitória eleitoral – recursos que posteriormente costumam retornar para as mãos dos que patrocinam os candidatos. No livro ele mostra, também, o caminho do dinheiro de volta a seus donos.
As pesquisas revelam condutas que se valem do atual sistema eleitoral para alcançar cargos eletivos por meio do abuso do poder econômico e desvio de recursos públicos. Em todas elas, o autor conta que solicitou aos entrevistados para não mencionarem pessoas ou fatos reais, mas procedimentos rotineiros durante as campanhas.
Dentre alguns itens citados por estas fontes são discriminados, como formas de abastecimento às campanhas eleitorais, emendas parlamentares, convênios celebrados entre governos e licitações fraudulentas. Num item do livro, o juiz aponta a agiotagem como meio de arrecadação – segundo ele, pouco falado e muito frequente no interior do país.
“As campanhas eleitorais custam milhões de reais e o financiamento delas não costuma sair do bolso de políticos honestos. Sai do caixa dois, sai das verbas de obras públicas, sai das empreiteiras e sai das mãos de agiotas”, destaca, num dos trechos da publicação. Em outro, o magistrado relata ter ouvido de vários entrevistados que as empreiteiras colocam dinheiro nas campanhas, mas vinculam esse financiamento à administração. “Se o cara ganhar a eleição, as obras naquele governo todas terão de ser feitas pela empreiteira que emprestou o dinheiro. Na verdade não é um empréstimo, é uma espécie de um investimento que fazem.”
Já no item referente ao processo de licitações dos governos, o juiz relata ter ouvido de um coordenador de campanhas que esta é “a coisa que mais funciona hoje”. E seguem explicações: “A maioria das licitações são organizadas pelas próprias empresas. Lá o cara sabe quanto é que vai custar, quanto é que vai ter de sobrar e quem é que vai ganhar. Para a lei está legal. Eles acertam de quanto é que vai ser a licitação e antes de entrar para uma licitação eles já sabem quais são as empresas que vão participar, qual é a forma de pagamento, qual é a forma do que vai voltar”. Conforme o livro de Márlon Reis, as demais empresas também são comunicadas e, dependendo da negociação que é feita, os contratos são divididos.
Sobre como agem os agiotas, Reis afirma também que estes profissionais emprestam dinheiro a candidatos que tenham chances reais de ganhar as eleições. Para que sejam bem-sucedidos em seus investimentos, chegam até mesmo a comprar pesquisas de institutos de credibilidade para saber quem são os favoritos. A partir daí, emprestam dinheiro, com o objetivo de compra de votos, mas com o compromisso de receber o pagamento quando o candidato estiver na prefeitura.
“Normalmente, o cara não tem dinheiro para bancar uma eleição e então o agiota oferece o dinheiro e o candidato aceita. Se compromete a pagar integralmente aquele dinheiro assim que ele estiver na prefeitura. O que ocorre é que o agiota cobra juros altíssimos, e então o cara passa quatro anos pagando somente os juros e nem consegue pagar o principal. Quando sai da prefeitura, ele tem de se desfazer de bens para pagar ao agiota”, destaca um dos capítulos, onde o magistrado afirma que o dinheiro termina saindo do setor público.
Embora pareçam informações reveladoras, as declarações do livro não assustam jornalistas nem analistas legislativos acostumados com as conversas trocadas nos bastidores da Câmara e do Senado ou nos gabinetes parlamentares. Poucas vezes, porém, foram explicitadas de forma tão clara. E, apesar das críticas, receberam declarações de apoio por parte de vários profissionais.
“Reis é um magistrado comprometido com a moralização das eleições, marcadas por abusos e uso indevido dos meios de comunicação, em benefício de candidatos, inclusive, com veiculação de pesquisas tendenciosas. Ele é o Montesquieu do mundo contemporâneo por sua luta por um processo eleitoral sem corrupção”, frisou o advogado Djalma Pinto.
“É uma obra que tira a última máscara da velha política e com isso evidencia a necessidade de uma mudança estrutural no Brasil”, completou o juiz Douglas de Melo Martins, atualmente coordenador do programa de mutirões carcerários do CNJ.
“Temos duas questões a serem observadas daqui por diante. Primeiro, saber como vão se comportar os integrantes do colegiado do CNJ ao julgarem a conduta do magistrado, diante das acusações dos deputados. E, em segundo lugar, avaliar a conduta dos próprios deputados nas próximas eleições”, avaliou o cientista político Fernando Santiago, para quem esse tipo de prática, está relacionado diretamente com a falta de uma reforma política no país.
O trabalho foi divulgado numa reportagem do programa Fantástico, da TV Globo, que usou um ator representando um personagem fictício, o deputado Cândido Peçanha, criado pelo juiz para o livro. Na avaliação de muitos deputados, o personagem mostrou uma visão generalizada dos parlamentares, dando a entender que todos agem da mesma forma.
“Foi abuso e ataque explícito ao parlamento por parte de um magistrado. É nosso dever fazer alguma coisa”, bradou o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). “As diversas alusões traduzem exercício impróprio do direito de informar sem possibilitar o direito de defesa, vilipendiando a imagem do Congresso.”
“A intenção não foi generalizar, mas mostrar como agem os parlamentares que adotam tais práticas”, rebateu Reis. “Minhas críticas são dirigidas à parcela dos deputados que se elege por meio do desvio de recursos públicos e do abuso do poder econômico, não à Câmara dos Deputados como instituição central para a democracia”, acentuou Márlon Reis, destacando que não tem receio de uma representação no órgão de controle do Judiciário.
“Estou há mais de 17 anos na magistratura sem qualquer menção negativa nos meus apontamentos funcionais. Como juiz só me pronuncio nos autos, mas como cidadão, professor, autor de diversos livros e pesquisador acadêmico tenho e exerço o direito à liberdade científica. Meu objetivo foi revelar como o poder transforma dinheiro em poder.”

 

Internte2014-SOCIÓLOGO, MARCO CIVIL DA INTERNET GARANTE LIBERDADE E É EXEMPLO MUNDIAL

Sérgio Amadeu considera a lei que regulamenta a conduta de empresas de internet no Brasil uma luta na contramão dos exemplos internacionais. A lei entrou em vigor ontem (23)
 
"Hoje um dos maiores problemas da segurança dos cidadãos na internet é a defesa da sua privacidade", afirma em entrevista à Rádio Brasil Atual. A partir de agora, para uma empresa poder arquivar dados sobre navegadores é preciso de autorização.
A quebra de neutralidade da rede significa a regulamentação das operadoras de telefonia que controlam onde passam os cabos de internet. Essas empresas quebravam a neutralidade da rede ao priorizar a circulação de dados, por motivos comerciais, em detrimento de outros.
O terceiro ponto considerado "muito" importante por Sérgio é o artigo do Marco Civil que regulamenta a responsabilidade dos donos de blogs e sites sobre conteúdos postados por terceiros. "Se alguém entra no seu blog e escreve um comentário, você não pode ser responsável por ele", enfatiza. Caso a responsabilidade fosse dos donos dos veículos, isso geraria um ímpeto de censura prévia.
“O mundo estava indo para um lado muito ruim, e o Marco Civil é na verdade uma lei que visa garantir a liberdade, a privacidade e a neutralidade da rede, é um exemplo para o mundo", argumenta o sociólogo ao lembrar que o criador da web, Tim Berners-Lee, afirmou que era um exemplo que o mundo inteiro deveria seguir.
No Brasil o Marco Civil surge na luta contra uma lei que queria criminalizar práticas cotidianas na internet. Na contramão da de leis internacionais, como a lei Sarkozy na França, que tentou desconectar pessoas que criavam arquivos na rede, e a lei na Espanha que proíbe download, o Marco Civil define direitos e deveres de uso da internet no Brasil.
por Redação Revista Brasil Atual - 24/06/2014

Copa2014-O RESSENTIMENTO DE FAUSTÃO COM A COPA NO BRASIL

A culpa não é dele nem de sua equipe: é do domingo, que vai pouco a pouco se libertando do cativeiro da tevê aberta e ganha mais opções. Por Nirlando Beirão
Fausto Silva anda muito nervoso ultimamente. Perdeu muito do humor que o consagrou e de sua verve inteligente e debochada. Aderiu aos rabugentos do #nãovaiterCopa e, já que tem Copa, sim, tenta manter a bandeira do encrenqueiro, distribuindo, sem nenhum fair play, insultos ao evento esportivo. A delicada defesa de Honduras deve estar morrendo de inveja do novo estilo Faustão.
O que estará acontecendo com ele? Não confere a suspeita de que pesa no ex-gordo o ressentimento com os quilinhos a mais que ele, de uns tempos para cá, recuperou.
Não consta, tampouco, que Faustão esteja em momento de renovação de contrato, o que explicaria o seu alinhamento precavido com a agenda político-eleitoral do patrão bilionário. Na verdade, o cidadão Fausto Silva já declarou o voto na oposição. Faz sentido. A turma que faz plantão na sua lendária pizza semanal é a mesma do camarote vip que vaia e ofende.
Se o ex-cronista de campo perdeu de vez a esportiva é porque a vida profissional não lhe faculta mais goleadas no ibope. Fausto Silva devia é, apesar das pressões, relaxar.
A culpa não é dele nem de sua equipe. O culpado é o domingo, cada vez menos Domingão do Faustão. O domingo brasileiro vai pouco a pouco se libertando do cativeiro da tevê aberta. Há mais opções na própria tevê. Aquele exército de popozudas que vem esfregar o traseiro no rosto do espectador entorpecido tem seus dias contados.
Tem razão o Faustão em se irritar com a dobradinha Lula-Dilma. Os pobres ficaram economicamente menos pobres – e culturalmente menos indigentes. Azar de quem, como os autocratas dos auditórios, apostou no contrário.
​Por jornalista  Nirlando Beirão— publicado 24/06/2014 03:49 – www.cartacapital.com.br

Copa2014-O SÃO JOÃO E A COPA 2014

Os festejos juninos dizem muito forte e de muito perto no coração e na alma dos nordestinos. Em 2014, porém, será especialmente gostoso.
Em época de Copa, meu país é mais bonito e próximo do que entendo e sinto por nação (uma pena, até, porque deveria ser assim sempre). E se a economia aquece a temperatura desse sentimento, necessariamente estaria hoje num grau de ebulição altíssimo. Afinal, o País, desde Cabral, jamais obteve índices econômicos tão favoráveis quando ao lado dos inéditos resultados obtidos no enfrentamento das abissais, cruéis e nunca enfrentadas desigualdades sociais. Isto no meio de crises mundiais
capitalistas severas. A corrupção, por sua vez, nunca foi tão combatida e os resultados, tão eficazes. Respeito e destaques internacionais inéditos. Nossa presidenta é a 4ª mulher mais importante do planeta. O Brasil, a 7ª economia mundial. E as Olimpíadas! E a Copa!
Lembro-me quando conquistamos o direito de sediá-la, competindo com algumas das principais nações europeias, além do império estadunidense. Os brasileiros com a autoestima nas alturas a comemorarem o feito Ppaís afora. Até que veio “o dia seguinte”, e aí...
Aí, martelou-se na cabeça do incauto tupiniquim que o Brasil gasta com a Copa e gasta mal, falseando e deturpando a informação. Propositadamente, confunde-se gastos com investimento (obras de infra-estrutura e mobilidade urbana) e com empréstimos (estádios), inclusive omitindo-se a participação maciça dos governos estaduais e capital privado. Enfia-se goela abaixo do brasileiro médio que o Brasil (e, portanto, os brasileiros) é incapaz de fazer um evento desse porte, que a corrupção e a leniência fazem parte do nosso DNA e, subliminarmente, que somos incapazes,
enquanto nação, de algo mais que sermos servis e obedientes ao capital estrangeiro e a seus interesses inconfessáveis, mas evidentes, em nossas riquezas (tão espúrios, portanto, quanto perigosos).
Neste São João, entretanto, nutro a convicção de que a fumaça dos fogos e fogueiras das ruas da minha terra, que viaja ao céu nordestino conferindo-lhe a cor esbranquiçada que irrita os olhos mas esquenta a alma alegre e guerreira de nosso povo, desta vez estará turvada do verde e amarelo do meu país.

Vivas, portanto, ao Brasil! Viva São João! Viva a Copa do Mundo 2014! E se Deus quiser, a venceremos. Mas se não der, que tenhamos vivido intensa, apaixonada e alegremente esse momento, direito, afinal, que conquistamos. O resto é esporte.

Por:  ANDRÉ FALCÃO DE MELO – advogado – www.gazeta.com.

domingo, 22 de junho de 2014

PlebiscitoPopular2014-Reforma do sistema político-O QUE É CONSTITUINTE EXCLUSIVA DA REFORMA POLÍTICA?

A constituinte exclusiva pode, em tese, ocorrer por vários meios jurídicos.
 
Mas a assembleia constituinte exclusiva da reforma política teria duas grandes delimitações: seria convocada com mandato específico para essa tarefa, encerrando após seu término, e composta por representantes eleitos apenas para esse fim.
 
Se irá ou não ocorrer, dependerá da capacidade das forças sociais e populares que a defendem acumular, democraticamente, os recursos de poder necessários para afirmar, com legitimidade, sua vontade política
 
Um espectro assombra os interesses e a consciência política dos conservadores: a proposta de realização de um plebiscito popular, constitucionalmente respaldado, para que os eleitores expressem soberanamente se querem ou não que uma assembleia constituinte exclusiva faça a reforma política.
 
Essa proposta, como se sabe, foi feita em junho de 2013 pela presidenta Dilma Rousseff, em resposta às grandes manifestações de rua então em curso, nas quais, entre outros, os manifestantes queixavam-se, para dizer o mínimo, do sistema político.
 
Diante da enorme dificuldade de sua aprovação no Congresso Nacional, Dilma propôs que o povo, soberano, se posicionasse. Imediatamente, abriu-se uma polêmica jurídica e política em torno da proposta. Afinal, é possível, em tese, uma constituinte exclusiva para a reforma política? A resposta é positiva, embora haja também quem prefira a negativa.
 
Essa contradição significa que o problema não é exclusivamente de técnica jurídica apartada da política, pois, nessa seara, ilustres constitucionalistas divergem sobre a proposta de Dilma. Por exemplo: Ives Gandra Martins é a favor e Paulo Bonavides, contra.
 
A divergência expressa a natureza política ou sociopolítica do Direito, que tanto torna complexa a hermenêutica jurídica, em especial a constitucional, sendo a Constituição um texto político por excelência.
 
A sociedade humana, construída incessantemente pelo aristotélico zoon politikon (animal social), tem no direito uma das bases de conformação da polis, ou seja, do Estado.
 
A clássica definição que Max Weber dá ao Estado é simultaneamente política e jurídica: “Aquela comunidade humana que, dentro de determinado território [...] reclama para si (com êxito) o monopólio da coação física legítima”.Se o que define a política é o meio próprio que a caracteriza, a força, e não seus fins, que podem variar, ao atribuir ao Estado a pretensão de exercer o monopólio da coação legítima, Weber está mobilizando uma noção cara tanto ao direito quanto à política: a legitimidade.
 
Assim o fazendo, ilumina tanto o caráter político do direito como o caráter jurídico do Estado, instituição máxima da política. Antes de Weber, Marx já havia qualificado o Estado como uma superestrutura jurídico-política.
 
Em uma análise realista, e não normativa, o que vai definir se a constituinte exclusiva é ou não legítima e viável será a competição política democrática.
 
As ideias jurídicas, políticas ou sociológicas e o arcabouço jurídico efetivamente existente também entram na disputa, são mobilizados e apropriados pelos atores para dar fundamentação intelectual a seus interesses e propósitos, em especial quando fluem livremente em regime democrático, como é o caso do Brasil atual.
 
Mas as lutas políticas, mesmo em regime democrático, podem também desembocar em autoritarismo. As forças que promoveram o golpe de Estado de 1964 rasgaram a Constituição de 1946 por terem tido recursos políticos e militares para fazê-lo, opondo-se assim às demandas reformistas dos atores sociais de então.
 
Não estou, de maneira nenhuma, defendendo o vale-tudo político e negando Weber para considerar que toda força seja legítima, o que não é verdade.
 
Em termos normativos, sou democrata, mais exatamente, socialista democrático, mas, na disputa política dos atores com recursos de poder, os valores incorporam-se às forças sociais efetivamente em ação, que, devido à estrutura de classes e a outros motivos de estratificação e diferenciação, possuem visões diferentes sobre política, democracia, autoritarismo, direito, norma jurídica, legitimidade, soberania popular, participação etc.
 
As próprias constituintes e revisões constitucionais surgem ou deixam de surgir lastreadas no efetivo processo histórico das lutas entre as classes, frações, partidos, grupos de interesse etc. por seus respectivos objetivos.
 
E as ideias, obviamente, sempre se fazem presentes, pois os homens pensam. - http://www.teoriaedebate.org.br/materias/nacional/o-que-e-constituinte-exclusiva-da-reforma-politica

Eleições2014-TENDÊNCIAS DA ELEIÇÃO PARA O CONGRESSO NACIONAL

Antes mesmo do término das convenções partidárias, previsto para 30 de junho, já é possível antecipar algumas tendências da eleição para o Congresso Nacional em 2014.
A primeira é de um número recorde de desistências da tentativa de reeleição – cerca de metade dos 27 senadores e pouco mais de cem deputados. As motivações são basicamente quatro: os altos custos de campanha, considerados exorbitantes; os custos de imagem, pelos quais os políticos são malvistos; o desgaste no exercício do mandato, no qual a ocupação de cargo na Casa ou em relatoria relevante depende mais da relação pessoal do parlamentar com o líder do que de sua qualificação; e, em menor escala, a opção de concorrer a outro cargo, como governador, senador ou mesmo deputado estadual.
A segunda tendência, que em parte decorre da primeira, será o elevado índice de renovação, superior a 50% das 513 vagas em disputa na Câmara e das 27 no Senado. A terceira é de que o PT, mesmo que não aumente sua bancada atual, continuará sendo o maior partido da Câmara e o segundo do Senado.
O prognóstico é que os outros dois grandes partidos (PMDB e PSDB), ainda que eventualmente venham a crescer na eleição, não conseguirão superar o PT na Câmara. E as demais agremiações partidárias, por melhor que seja seu desempenho, não ultrapassarão o PMDB, que deve seguir como a segunda maior bancada da Casa. Já no Senado, onde a renovação será apenas de um terço da composição – 27 vagas –, o PMDB deve continuar com a primeira maior bancada e o PT com a segunda.
Além de contar com bons quadros na disputa, o PT tem muito o que mostrar na campanha, em termos tanto de avanços legislativos quanto de realizações governamentais.
No primeiro caso, além de conquistas para os trabalhadores, como as emendas constitucionais de combate ao trabalho escravo e da extensão dos direitos dos trabalhadores urbanos aos domésticos, o partido poderá listar várias leis de ampliação da transparência e do controle, como o voto aberto na análise dos vetos presidenciais e na cassação de mandatos parlamentares, as leis de responsabilização da pessoa jurídica ou punição ao corruptor, de conflitos de interesse e a lei geral de acesso à informação, entre outras.
No segundo, a despeito da insuficiência dos serviços públicos, o PT promoveu avanços importantes. Entre outros, destacam-se o programa Minha Casa, Minha Vida; o Mais Médicos e os investimento em saúde, particularmente nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu); o aumento de recursos para a educação, assim como a criação de creches, escolas técnicas e campi e a ampliação do número de vagas e de bolsas para estudantes de escolas públicas ou estudantes pobres nas universidades públicas e privadas; a ampliação do Bolsa Família e do Luz para Todos.
Por tudo isso, o PT, apesar do bombardeio de que tem sido vítima, apresenta importante diferencial frente à oposição e às legendas da própria base aliada, razão pela qual deve permanecer como o primeiro partido da Câmara e o segundo do Senado. Aguardemos.

Antônio Augusto de Queiroz é jornalista, analista político e diretor de Documentação do Diap

Eleições2014-Hildegard Angel: O QUE DILMA DEVERIA TER DITO À ELITE BRASILEIRA

A revista Fórum publicou mais uma matéria sobre a compreensão de jornalistas com relação às vais que a elite paulista e paulistana principalmente praticou na abertura da "Copa das Copas", que ela não gostaria que desce certo. Mas, mais uma vez, viu o seu querer dominante sofrer resistência da maioria da população brasileira e até internacional. Abaixo leia a matéria da revista: 
"Para a jornalista, a presidenta tem que reagir e mostrar que não se acua com os ataques dos grupos conservadores
'O que penso da vaia chula de ontem da Elite Branca Brasileira à presidenta, e o que Dilma deveria ter feito e não fez!
Todas as críticas à Abertura sem graça da Copa do Mundo (responsabilidade Exclusiva da Fifa) se apagam, diante do vexame dado pela Elite Branca Brasileira. Da falta de educação. Da falta de modos. Falta de respeito com a própria família brasileira presente, ao cantar um “hino” chulo, bradando ofensas contra a Chefe do Estado Brasileiro, eleita pelo povo. Vexame planetário!
Se a elite é assim tão baixa, como agirão os iletrados, os desfavorecidos, os que não tiveram acessos à instrução e a uma boa formação no Brasil? Devem ter pensado os mais de um bilhão de estrangeiros que assistiam à transmissão direta da abertura da Copa do Mundo.
Mais da metade dos presentes ao Itaquerão eram convidados dos patrocinadores. Gente das multinacionais, do mundo financeiro. O high society. O creme do creme. The top of the top. Bradando em coro contra a presidenta da República a pior das ofensas que pode ser feita a uma mulher.
Lamentei que a presidenta Dilma, ex-aluna do Colégio Sion em Belo Horizonte, tenha mantido os bons modos. Não tenha reagido. Tivesse ela tomado o microfone e, à primeira vaia, acontecida antes do início do jogo, dissesse com todas as letras e energia o que lhe vinha à alma naquele momento, teria feito do limão uma bela limonada. Alguma coisa do tipo:
“- Quero agradecer a vaia dos aqui presentes: a Elite Brasileira. Porque, infelizmente, o alto custo dos ingressos, imposto pelos realizadores do evento, impede que aqui esteja o povo. O preço alto dos ingressos não autoriza que aqui compareça pelo menos uma parcela mínima dos 30 milhões de brasileiros que ascenderam socialmente, saindo da zona de miséria, ou aqueles outros milhões que, graças ao Pró-Uni, puderam realizar e concluir seus cursos universitários, ou mesmo aqueles tantos milhões, que, enfim, alcançaram o almejado sonho da casa própria. Tudo isso devido ao esforço e às metas de 12 anos de nossos governos, que a Elite Brasileira, que com isso parece não se conformar, ofende aqui, através de minha pessoa, com palavras chulas. Palavras que envergonham a Nação, porém não toldam a beleza deste espetáculo e o esforço desta nossa Seleção, que aprendi, desde menina, a chamar de Seleção Canarinho. Pois voem neste belo gramado, Canarinhos nossos, e deem o exemplo de nossa pujança! Estou torcendo por vocês, pelo nosso país, assim como estão todos aqueles brasileiros que nos assistem: os que estão do lado de fora do Itaquerão, por não poderem pagar, e também os aqui do lado de dentro, pagantes ou convidados dos patrocinadores. Pois, apesar das diferenças políticas, somos todos brasileiros ansiosos pelas vitórias de nosso país. Muito obrigada. ”

Eleições2014-“VIVA A DILMA, VAIA AOS VIPS”, DIZ POETA AUGUSTO DE CAMPOS EM RESPOSTA À FOLHA

A revista Fórum publicou matéria sobre o posicionamento do poeta Augusto de Campos, que condenada a atitude do jornal Folha de São Paulo em usar a sua poesia fora do contexto e para fins meramente eleitorais. Abaixo, leia a matéria e reflita o porquê de a grande imprensa brasileira utilizar-se desses modos, mas dizer que quer a a liberdade de expressão:
"Em reportagem sobre os xingamentos que a presidenta Dilma Rousseff recebeu na abertura da Copa do Mundo (12), na Arena Corinthians, o jornal Folha de S. Paulo utilizou um poema de Augusto de Campos, que se chama VIVA VAIA. Mas, de acordo com Campos, a utilização foi indevida e sem a sua autorização.
Augusto de Campos disse em sua carta-resposta ao jornal que a “brutalidade de conduta de alguns torcedores, que configura até crime de injúria, mereceria pronta e incisiva condenação e não dubitativa cobertura, abonada por um poema meu publicado fora de contexto”.
A seguir, leia o texto de Augusto de Campos na íntegra:
'Prezados Senhores
Esse jornal utilizou, em 14 de junho de 2014, com grande destaque, o poema VIVA VAIA, de minha autoria, como ilustração de matéria ambígua sobre os insultos recebidos pela presidente Dilma, na partida inicial da seleção.
Utilizou-o, sem minha autorização e sem pagar direitos autorais: sem me dar a mínima satisfação.
Poupo-me de comentar a insólita atitude da FOLHA, a quem eu poderia processar, se quisesse, pelo uso indevido de texto de minha autoria.
A matéria publicada, composta de três artigos e do meu poema, cercado de legendas sensacionalistas, deixa dúvidas sobre a validade dos xingamentos da torcida, ainda que majoritariamente os condene, e por tabela me envolve nessa forjada querela.
A brutalidade da conduta de alguns torcedores, que configura até crime de injúria, mereceria pronta e incisiva condenação e não dubitativa cobertura, abonada por um poema meu publicado fora de contexto.
Os xingamentos, procedentes da área vip, onde se situa gente abastada e conservadora, evidenciam apenas o boçalidade e a truculência que é o reverso da medalha do nosso futebol, assim como a inferioridade civilizatória do brasileiro em relação aos outros povos.
Escreveu, certa vez, Fernando Pessoa: “a estupidez achou sempre o que quis”. Como se viu, até os candidatos de oposição tiveram a desfaçatez de se rejubilarem com os palavrões espúrios.
Pois eu lhes digo. VIVA DILMA. VAIA AOS VIPS.
Augusto de Campos.'”

segunda-feira, 16 de junho de 2014

SãoSebastião2014-A SOMBRA DO POVO E A INSÔNIA DOS GRÃ-FINOS

É preciso aproveitar a oportunidade do debate para questionar o financiamento empresarial de campanhas eleitorais e a concentração da propriedade na mídia

Não bate! O clamor que tomou conta dos arraiais do conservadorismo brasileiro desde o anúncio do Programa Nacional de Participação Social, há alguns dias, decididamente não combina com a empáfia impostada de seus representantes políticos.

Como é que é? Aposentadoria antecipada para Dilma, seis meses antes do pronunciamento das urnas? De que vale o sarcasmo de Aécio e assemelhados, quando ele é desmentido cotidianamente por seu patente nervosismo?

Fernando Henrique Cardoso falava ao país em cadeia nacional, e estava tudo muito bem. Por que a cólera? Por que o afã em punir com os rigores de uma lei reinventada para esse propósito, toda vez que Dilma Roussef faz isso?

A mesma pergunta vale para o decreto 8.243. Mal publicado no Diário Oficial, ele foi denunciada pelos porta-vozes acreditados do conservadorismo pátrio como peça axial do programa insidioso do PT de transformar em ditadura popular disfarçada nossa ainda frágil democracia.

Mas a incongruência entre o objetivo suposto e o instrumento empregado salta à vista. Um decreto não tem o condão de alterar a ordem constitucional do país. Exercício unilateral de poder do chefe do executivo, ele pode ser modificado -- ou simplesmente revogado -- por outro decreto, em qualquer instante.

Ora, ninguém em sã consciência imagina que o governo venha a se lançar em obras de complexa engenharia institucional nos próximos meses. Terminada a Copa, a campanha eleitoral nas ruas, todos os esforços do PT estarão concentrados na tarefa de conquistar os votos necessários para manter os postos que detém no presente e conquistar outros novos.

Como essa é uma tarefa inglória, posto que o país rejeita o PT -- assim nos garantem -- e tudo que a ele se associa não há porque perder o sono. A revogação do malfadado decreto será o primeiro ato do próximo Presidente da República.

Seria essa a atitude dos opositores se estivessem tranqüilos. Mas eles não estão tranqüilos. A ansiedade perturba-lhes o sono, e nas noites mal dormidas tomam sombras por seres reais assustadores, aos quais reagem com alarde como se verdadeiramente perseguidos.

Melhor assim. Ao expressar em palavras o sentimento de ameaça que os aflige esses personagens se descobrem e ao fazer isso se expõem à crítica. Se nenhum outro mérito tivesse, o decreto em questão mereceria aplausos por isso.

O que os seus detratores vêem de tão nocivo nele? Um abuso de poder, um atentado à Constituição, uma tentativa perversa de manietar o Congresso, submetendo-o à vontade de grupos orquestrados, parcamente representativos.

Não bate! O clamor que tomou conta dos arraiais do conservadorismo brasileiro desde o anúncio do Programa Nacional de Participação Social, há alguns dias, decididamente não combina com a empáfia impostada de seus representantes políticos.

Como é que é? Aposentadoria antecipada para Dilma, seis meses antes do pronunciamento das urnas? De que vale o sarcasmo de Aécio e assemelhados, quando ele é desmentido cotidianamente por seu patente nervosismo?

Fernando Henrique Cardoso falava ao país em cadeia nacional, e estava tudo muito bem. Por que a cólera? Por que o afã em punir com os rigores de uma lei reinventada para esse propósito, toda vez que Dilma Roussef faz isso?

A mesma pergunta vale para o decreto 8.243. Mal publicado no Diário Oficial, ele foi denunciada pelos porta-vozes acreditados do conservadorismo pátrio como peça axial do programa insidioso do PT de transformar em ditadura popular disfarçada nossa ainda frágil democracia.

Mas a incongruência entre o objetivo suposto e o instrumento empregado salta à vista. Um decreto não tem o condão de alterar a ordem constitucional do país. Exercício unilateral de poder do chefe do executivo, ele pode ser modificado -- ou simplesmente revogado -- por outro decreto, em qualquer instante.

Ora, ninguém em sã consciência imagina que o governo venha a se lançar em obras de complexa engenharia institucional nos próximos meses. Terminada a Copa, a campanha eleitoral nas ruas, todos os esforços do PT estarão concentrados na tarefa de conquistar os votos necessários para manter os postos que detém no presente e conquistar outros novos.

Como essa é uma tarefa inglória, posto que o país rejeita o PT -- assim nos garantem -- e tudo que a ele se associa não há porque perder o sono. A revogação do malfadado decreto será o primeiro ato do próximo Presidente da República.

Seria essa a atitude dos opositores se estivessem tranqüilos. Mas eles não estão tranqüilos. A ansiedade perturba-lhes o sono, e nas noites mal dormidas tomam sombras por seres reais assustadores, aos quais reagem com alarde como se verdadeiramente perseguidos.

Melhor assim. Ao expressar em palavras o sentimento de ameaça que os aflige esses personagens se descobrem e ao fazer isso se expõem à crítica. Se nenhum outro mérito tivesse, o decreto em questão mereceria aplausos por isso.

O que os seus detratores vêem de tão nocivo nele? Um abuso de poder, um atentado à Constituição, uma tentativa perversa de manietar o Congresso, submetendo-o à vontade de grupos orquestrados, parcamente representativos.

Contra a sordidez desse propósito, que vem embalado na retórica enganosa da democracia participativa, os opositores defendem-se tirando do baú idéias arcaicas sobre o governo representativo. De acordo com estas, a vontade do povo se expressa na livre escolha de seus governantes. No intervalo entre uma eleição e outra, cabe aos cidadãos perseguir seus interesses privados, nos limites da lei, atentos tanto quanto possível à gestão da coisa pública. Mas isso eles não podem fazer solitariamente. Para tanto, necessitam de fontes críveis de informação e da possibilidade de trocar idéias sobre os problemas em pauta. A liberdade de expressão é inerente, pois, a essa forma de governo, que tem na opinião pública a sua contrapartida. É esta que faz a ponte entre representantes e representados no curso rotineiro da vida política.

O problema com essa concepção, que passou a salpicar as páginas dos jornais nos últimos dias, é que ela tem muito pouco a ver com a maneira como funcionam as democracias contemporâneas. E muito menos ela tem com a operação real de nossa organização política.

Ao dizer isso não penso apenas na existência consolidada de Conselhos, Fóruns e outros mecanismos de diálogo e aconselhamento, que vêm se multiplicando nos mais diversos ramos da administração pública brasileira já há muito tempo. Nem nas relações simbióticas entre o Banco Central e o mercado financeiro, que constituem um elemento estrutural publicamente reconhecido da política de metas inflacionárias em vigor no País desde o final da década de 1990.

Refiro-me à posição estruturalmente privilegiada que os detentores do poder econômico desfrutam em qualquer sociedade capitalista, e do franco acesso aos centros decisórios que tal condição lhes faculta. Situação geral que se vê reforçada no Brasil pelos índices escandalosos de concentração de renda e riqueza, e pela qualidade deplorável, com as exceções de praxe, da grande imprensa falada e escrita, quase inteiramente controlada entre nós por um punhado de famílias.

A Política Nacional de Participação Social assusta porque encerra a promessa de corrigir parcialmente esse viés -- para o bem da gestão das políticas públicas e a qualidade de nossa tão imperfeita democracia. E assusta tanto mais porquanto dentro de alguns meses a promessa pode começar a ser cumprida.
A ofensiva contra os Conselhos tem, portanto, caráter eminentemente defensivo. Com ela os conservadores pretendem levar o governo a recuar desse projeto, antes mesmo que a batalha das urnas seja ferida.

Mas por isso mesmo a resposta a ela não pode ser tímida. Não se trata de defender o decreto 8.243, e com ele todos os mecanismos de representação social que hoje existem. É preciso aproveitar a oportunidade do debate para questionar o financiamento empresarial de campanhas eleitorais e a concentração da propriedade na mídia. Em uma palavra, diante do ataque a reação correta é partir para cima.

Mas não se atormentem, senhores e senhoras. Para cima na luta de idéias. Para cima, no bom sentido.

Publicado em www.inesc.org.br – data:16-06-2014

Eleições2014-VAGAS-SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ADIA O JULGAMENTO SOBRE A REDUÇÃO DE VAGAS NOS LEGISLATIVOS, NACIONAL, ESTADUAIS E DISTRITAL

O STF (Supremo Tribunal Federal) adiou o julgamento em que decidiria sobre o recurso contra a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), quanto à redução ou o aumento do número de vagas nos legislativas de 26 estados e no Distrito Federal.
A o adiamento do julgamento, os partidos políticos deverão realizar as suas convenções, considerando o número de vagas decorrente da decisão do TSE, pois o prazo para as convenções encerra-se em 30 de junho e o prazo para registro das candidaturas será entre 1º e 5 de julho.
Produção: Partido dos Trabalhadores de São Sebastião
Contatos – Imeio:ptssal95@gmail.com – Blogue:ptssal95.blogspot.com
Redação: Paulo Bomfim
Data: 14-06-2014

A PARTICIPAÇÃO SOCIAL AMEAÇADA PELA MÁ FÉ DA GRANDE MÍDIA E DO CONGRESSO

A forte reação de setores da imprensa e do congresso nacional contra um decreto que organiza o que já existe desde 1988 não pode ficar sem a nossa pronta resposta. O que esta em jogo é o direito da população participar das decisões como sujeito e não como espectador como acontece nas eleições.

Estes espaços de participação institucionalizada foram criados por demanda da sociedade e se intensificaram pois constituição de 1988. Para se ter noção a primeira conferencia nacional foi realizada em 1941 (década 40 do século passado) e o tema foi educação.
Nos últimos anos foram intensificados os espaços de participação social. Mesmo que não tenhamos ainda a democracia de nossos sonhos, obtemos vitórias com a realização de diversas conferências e o fortalecimento de diversos conselhos nacionais de políticas públicas.

Temos problemas na arquitetura de participação institucionalizada, um deles é justamente o caráter não deliberativo de muitos desses espaços. Portanto a nossa critica é por mais participação, mais democracia e não por uma democracia sem povo.
Ao final de Maio a Política Nacional de Participação Social (PNPS)foi publicada como forma de fortalecer e consolidar estes espaços a partir de sua integração em um sistema nacional de participação social.

Além da Política um compromisso com a participação foi assinado por mais de uma dezena de Governos Estaduais, reforçando a necessidade e o consenso de que nossa democracia representativa deve ser complementada por espaços de participação direta da sociedade.
Contudo, a PNPS, com é chamada, está sob forte ameaça de ser derrubada. O Congresso Nacional subsidiado por uma enxurrada de artigos da imprensa corporativa, claramente posicionados contra a participação social, afirma que a política ameaça suas competências.

Os debates foram tensos no Congresso Nacional e o contexto requer muito apoio de todos os setores possíveis para sustentarmos a iniciativa.

Lembro que todas as mobilizações de 2013 tinham em comum o desejo de maior participação popular nas decisões institucionais, ninguém à época levantou esta preocupação sobre o congresso.
Pelo contrário, o congresso, pelas deficiências de sua representação dos anseios da população foi um dos maiores alvos de críticas.
 
Precisamos nestes próximos dias mobilizar o máximo de pessoas possível em apoio à participação social.

Por José Antônio Marroni

SãoSebastião2014-ONGUE PUBLICA MATÉRIA SOBRE OS DESVIOS DE DINHEIROS DO IPAM E A INVESTIGAÇÃO INSTAURADA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL

A Ongue de Olho em São Sebastião publicou em seu blogue -www.onguedeolho.blogspot.com -matéria que trata da investigação do MPE (Ministério Público Estadual) sobre os desvios de dinheiros do Ipam (Instituto de Previdência e de Assistência Municipal). O MPE instaurou um inquérito civil público onde irá apurar as denúncias formuladas há muito tempo por servidores e o vereador Vando Canabrava, bem como pelo o ex-vereador Atla Lima.
 
Abaixo, leia a mencionada matéria: "SãoSebastião2014-MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL INVESTIGA A PRÁTICA DE CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA E OUTRAS IRREGULARIDADES NO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA E DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE SÃO SEBASTIÃO


O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE-AL), por meio da Promotoria de Justiça de São Sebastião, na pessoa do promotor de justiça Cláudio Pereira Pinheiro e do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público (NDPP), na pessoa do também promotor de justiça José Carlos Silva Castro, instauraram inquérito civil público para investigar as denúncias de irregularidades no IPAM (Instituto de Previdência e de Assistência Social do Município).
“Ao que se percebe, os gestores tratam com descaso a gestão e as finanças do Ipam, trazendo enorme prejuízo aos servidores municipais, que têm o pagamento dos seus benefícios, previdenciários ou assistenciais, atrasados ou mesmo suspensos. Essas irregularidades podem ser caracterizadas como práticas de ato de improbidade administrativa ou atividades criminosas por se tratarem de desvio de recursos públicos e de apropriação indébita previdenciária”, explica José Carlos Silva Castro.
A investigação foi provocada pelas denúncias de Atla Lima Santos (PSB), ex-vereador, e do vereador Manoel Silvânio Santos (PTB), conhecido socialmente por "Vando Canabrava", bem como por documentos encaminhados pelo Ministério Público de Trabalho da Décima Nona Região.
Considerando a gravidade das denúncias e as dificuldades da investigação, o promotor de justiça desta Comarca, Cláudio Pereira Pinheiro, solicitou também o apoio do Gecoc (Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas). As ações do Gecoc têm sido muito importantes no combate à impunidade e à corrupção em diversos municípios alagoanos.
O promotor Cláudio Pinheiro também requisitou ao Ministério da Previdência Social a realização de uma auditoria no Ipam são-sebastiãoense, com o objetivo de desvendar os destinos dos dinheiros do instituto previdenciário.
Além das pessoas do Prefeito e do ex-Prefeito, as investigações poderão atingir também atuais e ex-diretores do Ipam. Fatos que já ocorreram aqui em São Sebastião e em diversos outros municípios. 
Anteriormente, por já praticarem irregularidades no Ipam, o então prefeito José Pacheco Filho, conhecido socialmente por "Zé Pacheco" e a sua irmã, Maria do Socorro Pacheco, foram condenados pelo Tribunal de Contas Estadual, quando julgou irregulares as contas dos mesmos na gestão do Ipam. Em razão dessa condenação, o agora ex-prefeito Zé Pacheco tornou-se ficha suja e está inelegível e, juntamente, com sua irmã, tiveram os bens bloqueados pela justiça, consoante determinado por despacho com o seguinte teor: "Considerando o inteiro teor do agravo regimental em agravo de instrumento nº 2009.004639-5/0001.00 (documento em anexo), que transitou em julgado, substituindo a combatida decisão judicial da lavra do Juiz de Direito em Exercício, em acolhimento ao recurso interposto pelo Inclito Representante do Ministério Público, determino ao Cartório as seguintes providencias: Oficie-se a Delegacia da Receita Federal em Alagoas, com cópia do acordao em anexo e do presente despacho, determinando que encaminhe a este Juizo, cópias das declarações de bens de JOSE PACHECO FILHO, CPF 061548834-04 e RG nº 145895 SSP/AL e MARIA DO SOCORRO PACHECO,CPF 140.185.784-15, RG nº 1.358.882 SSP/AL; Oficem-se as Corregedorias Gerais de Justiça dos Estados de Alagoas, Sergipe e Pernambuco, a fim de que busquem, junto aos cartorios de Registro de Imóveis, informações acerca da existência de bens de raiz em nome de JOSE PACHECO FILHO, CPF 061548834-04 e RG nº 145895 SSP/AL e MARIA DO SOCORRO PACHECO,CPF 140.185.784-15, RG nº 1.358.882 SSP/AL, averbando, de logo, a indisponibilidade de eventuais bens existentes, nestas condições; Com a resposta, Dê-se vista ao representante do Ministério Público. São Sebastião(AL), 28 de setembro de 2011. Marina Gurgel da Costa Juiz(a) de Direito", nos autos da Ação Civil Pública, processo nº0000938-38.2009.8.02.0037, que tramita nesta Comarca e atualmente aguarda despacho do juízo desta Comarca, conforme informa a página na internete do Tribunal de Justiça de Alagoas.
Toda essa investigação vai gerar muito o que falar em São Sebastião, pois poderá "resultar em condenação judicial para diversas pessoas, que, na qualidade de funcionários públicos, poderão inclusive perderem os seus empregos ou as suas aposentadorias", afirmou o advogado Adalberon Carlos Souza, que presta assessoria jurídica a movimentos sociais e a entidades da sociedade civil organizada.
Produção: Ongue de Olho em São Sebastião
Contatos - Imeio: ongdeolhoss@bol.com.br - Blogue: onguedeolho.blogspot.com
Redação: Paulo Bomfim (Conselheiro Municipal de Controle Social)
Fontes: Assessoria de Comunicação do MPE-AL e saite do TJ-AL
Publicação: http://onguedeolho.blogspot.com.br/2014/06/saosebastiao2014-ministerio-publico.html


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