E AGORA?
Bem...
Todos e todas sabem que o
vereador Vando Canabrava responde a “processo de ética”, por ter devolvido à
Câmara dinheiro que tem o seu gasto fraudado, segundo o próprio parlamentar.
Se alguém perceber, esse é de
fato o enorme problema da Câmara para tirar o mandato do vereador. Aplicar-lhe
um golpe parlamente, que poderá se transformar em pesadelo.
Como provar o correto gasto dos
dinheiros da “Ajuda de Custo” ou da “Verba de Gabinete” ou de “Serviços
Parlamentar” ou de “Assistência do Vereador” ou do “Dinheiro da Gasolina”?
Até mesmo o nome da verba, não
se sabe, porque vereadores e vereadoras o escondem. Se não podem comprovar a
correção das despesas, esconder é a sutil saída. Mesmo estranho, enganar, pode
colar.
A prestação de contas – ou a
documentação das despesas – alguém já a viu? Subterfúgios, retóricas e serviço
de silenciamento são produzidos, mas o cumprimento do dever e da obrigação de
prestar contas, não.
Os fatos acima, coincidiram com
uma proposta de pré-candidaturas do PT. Elas dizem que reduzirão em 50%, pela
metade, os próprios salários, se eleitas. Na oportunidade, a pré-candidatura
Manoel Avelino disse que abrirá “mão de todo o salário” ou subsídio.
Questionado, arrematou um “nunca precisei disso para viver, trabalho de vigia”.
Os fatos trouxeram necessária
reflexão. Estranhamente, a grande maioria se manifestou pela não redução dos
salários e ninguém defendeu o “abrir mão de tudo”.
2 manifestantes propuseram que
o salário fosse o mínimo, “até porque vereador não faz nada mesmo”, disse um
deles. 6 ficaram no sentido de o salário ser alto, mas necessário ao
desenvolvimento das atividades parlamentares.
A grande maioria opinou sobre o
fim do dinheiro jogado para cima ou, digamos, da Verba de Gabinete!
Perguntei-me, então: estas
pessoas estão, de verdade, a favor de algum outro modelo de legislativo
municipal ou estão apenas impressionadas com o dinheiro, “no ar” e não na
carteira, escondido?
Enfim, não vi ninguém dizer,
mas cadê a prestação de contas da Câmara?
À pergunta, “Qual a norma que
regulamentou a criação e os gastos desse dinheiro?”
Bem...
A ela, ainda não houve
resposta da Câmara.
Bem... Desculpe-me.... Mas, no
próximo, falarei sobre o título deste texto.
Parabéns, Senhor Presidente, por mais um texto, Aliás, pela relevante contribuição política à transformação social que tanto Sebastião precisa. Na verdade, essa questão econômica, no legislativo é apenas a ponta do iceberg da gestão do dinheiro público. Há muito, ainda, o que se fazer, nessa sonhada reforma políto-cidadã.
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