No sábado, de Zé Pereira, ou
de início do Carnaval, no programa “Debate na Salomé”, na rádio comunitária
Salomé, falei um pouco sobre a ecumênica CF (Campanha da Fraternidade) de 2020,
que será lança pela CNBB [Conferência Nacional dos Bispos(católicos) do Brasil]
e pelo Conic [Conselho Nacional de Igrejas Cristãs(igrejas de diversos
segmentos religiosos) do Brasil, depois da “Terça-Feira Gorda” ou na “Quarta-Feira
de Cinzas”, início da Quaresma.
No programa, disse que a CF,
como nos anos anteriores, tem por temática e por lema aspectos religiosos-sociais
brasileiros que buscam dar digna via a cada pessoa deste País. Apesar dos
falsos cristãos e das falsas cristãs que no dia a dia encontramos, prevalecem o
ético agir e o ético pensar de milhões. Em razão disso, estamos aqui na Mãe
Terra, que tudo dá, inclusive a esperança por melhores condições de vida para
nós.
O Tema da CF: “Fraternidade e vida: dom e compromisso” nos faz, criticamente, refletir sobre as nossas
atitudes e as nossas concretas ações ou omissões cotidianas.
Assim, o tema nos diz e nos lembra que a omissão de
cada pessoa não é algo da vida, mas da falta de compromisso com a construção do
“reino”, que gera fraternidade e digna vida para todos e todas nós. Ao
descompromissar o nosso agir, à luz do exemplo do homem Jesus e optarmos pelo
não-agir ou mesmo pela a maldosa ação, negamos quaisquer dos atos de fé cristã.
É duríssimo, sabemos! Mas é só isso ou mesmo até
algo pior do que isso. Quando destruímos a Mãe Terra e a cada um ou uma de nós,
apesar de fazermos um contrário falar, quando comparamos os nossos agires.
Ou, pior, corrupção religiosa, intelectual mental
etc., pecando na dimensão da Lei de Deus, ou praticando crime mesmo, na
dimensão da lei dos homens e das mulheres deste mundo.
Daí o tema nos alertar para ações de mercantilização
da vida, de violência contra as infâncias e as juventudes, de absurdo aprisionamento,
de milhões de abortamentos, de acidentes de trânsito, da violência contra o
envelhecimento e a própria pessoa velha, os racismos existentes, mas
descaradamente negados, e dos acidentes do trabalho, dentre outras necessidades
que necessitam de cuidado.
Já o lema da CF: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”, em resumo, diz que se eu ou
você viu as desigualdades, os sofrimentos, as necessidades etc. de outros e de
outras, semelhantes aos exemplos de Jesus, aja para deles cuidar. Só assim em
ação pessoal, comunitária, política, social e eleitoral poderemos construir uma
vida digna e a fraternidade almejada no bem viver.
No domingo, de manhã, fui indagado por uma jovem
que iria participar de um retiro religioso, durante o Carnaval, “se a Campanha da Fraternidade tem alguma coisa a
ver com assistência social?”
Meio assustado fiquei, com a forte pergunta. Mas
lhe disse que “totalmente”. E que essa preocupação da Igreja Católica com os
aspectos sociais das condições de vida das pessoas vem da Doutrina Social da
Igreja, lá de João XXII. Disse-lhe que os Concílios e outros documentos católicos
sempre falam sobre isso. E não só católicos demonstram preocupação com a
assistência social, não só como “compaixão”, “ajuda”, “assistencialismo”, “esmola”,
“doações” etc..
Mas também teólogos evangélicos, com Joerg Rieger, por exemplo, em “Lembrar-se dos pobres: o desafio da teologia no século XXI”. Nele há passagens assim: "Mesmo que o capitalismo cante vitória, a realidade de pobreza, sofrimento e dor continua a crescer em todo o mundo, inclusive no 'primeiro mundo'. Os teólogos devem estar em contato com o andar de baixo da história ou não poderão encontra a verdade de que Deus é Vida num mundo em que o capitalismo global está implodindo".
Mas também teólogos evangélicos, com Joerg Rieger, por exemplo, em “Lembrar-se dos pobres: o desafio da teologia no século XXI”. Nele há passagens assim: "Mesmo que o capitalismo cante vitória, a realidade de pobreza, sofrimento e dor continua a crescer em todo o mundo, inclusive no 'primeiro mundo'. Os teólogos devem estar em contato com o andar de baixo da história ou não poderão encontra a verdade de que Deus é Vida num mundo em que o capitalismo global está implodindo".
Por fim, disse-lhe que o PT tem um documento sobre
Assistência Social, como direito humano social fundamental, previsto no artigo
sexto da Constituição Nacional de 1988, dentre outros.
O texto diz que “Assistência Social: é direito e não assistencialismo” e foi escrito em 2000, quando o PT lançou candidato a prefeito, sendo atualizado em janeiro de 2017, quando iria novamente participar da eleição, o que acabou não acontecendo, e em janeiro de 2020, quando novamente a possibilidade de eleição municipal se apresenta e o debate será feito.
No entanto, o tema e o lema da CF tem diversas dimensões para aprofundamentos dos debates e não somente para a campo assistencial. Quanto a este, o PT divulgar o texto que pode ser esclarecedor para muita gente.
O texto diz que “Assistência Social: é direito e não assistencialismo” e foi escrito em 2000, quando o PT lançou candidato a prefeito, sendo atualizado em janeiro de 2017, quando iria novamente participar da eleição, o que acabou não acontecendo, e em janeiro de 2020, quando novamente a possibilidade de eleição municipal se apresenta e o debate será feito.
No entanto, o tema e o lema da CF tem diversas dimensões para aprofundamentos dos debates e não somente para a campo assistencial. Quanto a este, o PT divulgar o texto que pode ser esclarecedor para muita gente.
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