Segundo sérias literaturas sobre a
história da tevê Globo, a mesma sempre esteve envolvida em escândalos os mais
diversos.
A Globo, então, sempre esteve no apoio da
opressão e na defesa da ditadura civil-militar e demais fatos político-eleitorais
em benefício dos poderosos, como fraudar a edição do chamado ‘Jornal Nacional’
para beneficiar a candidatura a presidente de Fernando Collor.
No golpe de 2016, não atua diferente. Mas
algo já mudou. Ela não é mais voz única a enganar a população com facilidade.
Outras imprensas alternativas produzem melhores notícias, informações e
conteúdos diversos.
Também denunciam negociatas com o
golpista presidente interino da República, Temer. A seguir leia matéria do
blogue do Rovai, no portal da Revista Fórum, onde um outro mundo e outras
informações são possíveis:
“O Jornal Nacional de ontem foi fruto de uma intensa
negociação, é o que revela uma fonte do blogue.
O áudio da conversa entre Romero Jucá e Sérgio
Machado fez com que os luas pretas da Central Globo de Jornalismo trocassem
inúmeras mensagens e realizassem uma reunião de emergência logo cedo.
A primeira decisão foi esperar para ver qual seria
a repercussão. E pela manhã tanto a GloboNews quanto o G1 trataram do assunto
de forma suave e sem muito destaque.
Na Globo, porém, a avaliação era de que não havia
saída para o agora licenciado ministro do Planejamento. E a mensagem foi
enviada para Temer através de Wellington Moreira Franco.
O carioca não precisava ser convencido.Teria dito
que iria buscar convencer Jucá a se afastar ou renunciar ao cargo, mas que não
seria uma tarefa tão simples.
Durante o dia a Globo foi cobrindo o tema de uma
maneira bem menos explosiva do que, por exemplo, o áudio vazado do ex-senador
Delcídio. Ou do grampo ilegal da conversa entre Lula e Dilma.
Só ao final da tarde, quando a solução do
afastamento de Jucá já havia sido negociada por Temer é que se decidiu por
fazer um Jornal Nacional onde o caso teria destaque relevante. E que se liberou
os âncoras e comentaristas da GloboNews para que pudessem tratar de forma mais
intensa do assunto.
Até aí, nada muito surpreendente. A não ser pelo
fato de que o sinal de que não seria necessário aliviar para Jucá teria partido
da equipe de Temer, segundo a fonte do blogue.
A avaliação dos que fizeram a ponte com a Globo era
a de que o tratamento da saída de Jucá não deveria ser o de um simples
afastamento, mas o de uma demissão, para que Temer não saísse tão desgastado.
Não foi à toa que a apresentadora do JN, Renata
Vasconcellos, abriu a nota sobre o caso fazendo bico para falar que Jucá foi
“e-xo-ne-ra-do”.
E que o presidente interino apareceu no meio da
reportagem dizendo ao repórter da GloboNews “que tudo iria se resolver e que
estava tudo tranquilo”.
A narrativa que ficou acordada era de preservar
Temer e rifar Jucá.
E por isso, o restante do bloco, não por acaso o
último, foi dedicado a noticiar os principais trechos do áudio da conversa
divulgada pela Folha, evitando repercutir muito o assunto e a crise que o áudio
gerou.
Antes, porém, houve tempo para falar muito da crise
da Venezuela e do caso que pode levar o governador de Minas, Fernando Pimentel,
a ser cassado.
Segundo a fonte deste blogue, Jucá percebeu que
seria rifado e falou grosso na reunião que teve com Moreira Franco e Eliseu
Padilha. E num momento mais explosivo teria dito que se fosse jogado
ao mar poderia fazer o mesmo que Sérgio Machado, referindo-se a delação que o
ex-presidente da Transpetro negociou.
Também não por acaso, ontem, depois disso tudo
acontecer e quando dava uma entrevista conturbada no Congresso que um repórter
da GloboNews se aproximou dele e perguntou à queima roupa:
– O senhor está pensando em fazer delação premiada?
Jucá ficou atordoado e saiu sem responder. Mas
a pergunta não estava fora de contexto. Teria sido pedida por um dos
editores ao jovem jornalista.
Era um aviso para Jucá dos seus amigos do PMDB de
que a ameaça já havia vazado. E de que a Globo não iria preservá-lo.
Jucá não tem mais condições de voltar ao governo e
sabe disso. O que ele busca agora é se livrar da prisão. E para que isso não
aconteça ele vai precisar da Globo e da mídia que citou como parte da
articulação do impeachment. Por isso, muito provavelmente, mesmo tendo
entendido tudo que lhe aconteceu, vai ficar quieto. Mas só se escapar. Caso
não, toda essa operação pode virá à tona e ainda com um número muito
maior de detalhes."
http://www.revistaforum.com.br/blogdorovai/2016/05/24/jornal-nacional-de-ontem-foi-negociado-com-temer/
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