O Jornal GGN, portal na internete, que tem como responsável o jornalista
Luís Nassif, publicou excelente matéria sobre a visita de Dilma Vana Rousseff a
Lula.
Expôs também sobre a lição que ela proferiu no acampamento Marisa
Letícia Lula da Silva sobre as ações do golpe na Petrobrás e a dolarização do
petróleo e da própria economia brasileira em geral.
Abaixo, você pode assistir ao vídeo da apresentação da ex-presidenta
brasileira:
https://www.facebook.com/Lula/videos/1729956563740003/
Também ler o texto publicado pelo “jornal de todos os brasis”:
https://www.facebook.com/Lula/videos/1729956563740003/
Também ler o texto publicado pelo “jornal de todos os brasis”:
Dilma Rousseff esteve com Lula, em Curitiba, na
quinta-feira (31) e, na saída da visita ao ex-presidente, deu uma aula sobre o
que está acontecendo na Petrobras desde o (e em função do) golpe parlamentar de
2016.
Em suma, Dilma indicou que "inventaram que a
Petrobras está quebrada" para promover o desmonte de uma série de
políticas que fariam com que a estatal garantisse ao mercado brasileiro a
autossuficiência em petróleo. O Brasil tem potencial para deixar de exportar
petróleo bruto e importar derivados, fazendo um movimento no sentido contrário
quanto ao produto refinado.
Mas o governo Temer está caminhando para esvaziar a
capacidade das refinarias do Brasil e, com isso, abrir caminho para que o
petróleo internacional chegue ao mercado interno com preços absurdos.
Confira os principais pontos e declarações diretas
abaixo:
Os governos do PT projetaram que a Petrobras, a
partir da descoberta do pré-sal, teria condições de garantir ao País a
autossuficiência no abastecimento. Isso significa não permitir que o Brasil
estivesse sujeito à chamada "maldição do petróleo", que é exportar
petróleo bruto a um gasto menor do que a importação dos demais bens derivados
do petróleo.
Para impedir essa "maldição", Lula e
Dilma lançaram mão de algumas políticas, com destaque para a expansão de
refinarias e modernização das existentes.
A autossuficiência consiste na capacidade de, em
vez de exportar óleo bruto, exportar sobretudo derivados de petróleo, ou seja,
petróleo processado. Lula achou que o pré-sal tiraria esse projeto do
papel.Outra ação dos antigos governos foi investir em "de conteúdo local
mínimo": produzir no Brasil os equipamentos demandados pelas refinarias
que poderia ser produzidos domesticamente.
O governo Temer acabou com a política de conteúdo
local e transformou o Brasil num paraíso para grandes empresas produtoras de
petróleo e que fornecem derivados.
"Inventaram que a Petrobras estava quebrada
para de fato reduzir a produção das refinarias, e reduziram. Hoje as refinarias
do Brasil trabalham com capacidade ociosa. Antes tinha um grau de produção que
beirava os 70%, às vezes chegava a 75%, oscilava."
"Por que isso? Com petróleo brasileiro,
encontrado com capacidade tecnológica brasileira, não podemos aceitar que
dolarizem o petróleo brasileiro."
"Vocês nunca se perguntaram por que o petróleo
brasileiro, com custos nacionais, produzido em real, tem que estar dolarizado
ou ligado ao preço internacional do petróleo? Baseado em que? Diziam que a gente
segurava os preços relacionados ao petróleo? Segurávamos em relação ao quê?
Vamos discutir como se forma o preço do petróleo internacionalmente? É o livre
mercado? É a oferta e demanda absolutamente límpida? Não. O mercado de petróleo
é aquele que está eivado de pressões derivadas de guerra, jogo
geopolítico."
"O mercado do petróleo é um mercado que, se
você deixar que ele controle você, você deixa que interferências de outros
países, de agentes que você não controla, definam o preço."
"Eles fazem isso porque é uma reivindicação
dos acionistas minoritários. Quem são os acionistas majoritários? Somos nós,
todos os brasileiros. Porque o nosso interesse - que é o de obviamente não
querer reajuste da gasolina e gás de cozinha todos os dias - é que esse preço não
seja vinculado ao mercado internacional."
Uma empresa de petróleo é medida pela reserva. Uma
empresa de petróleo sem reserva não vale nada. A oscilação do preço
internacional não é fundamental.
"Lula me lembrou tudo isso, discutiu comigo, e
nós avançamos nessa compreensão do absurdo que está sendo a destruição da maior
empresa estatal brasileira - 51% é da União e 49% está aberto no mercado
internacional."
Talvez nós sejamos uma das únicas empresas públicas
que abriram seu capital para o mercado internacional. Outros países, como
Arábia Saudita, não abriram e não deixam a ingerência chegar neste ponto.
"Eles não defendem os interesses do Brasil,
mas sim a de grandes petrolíferas internacionais, principalmente daquelas que
não têm reservas próprias e que olham para as nossas reservas porque sabem que
uma empresa de petróleo faz diferença pelas reservas que ela possui. O que eles
querem é acesso às nossas."
"Para isso é preciso, primeiro, privatizar
todas as refinarias, para depois justificar que vão ter que cobrar o preço do
mercado internacional do produto dessas refinarias porque se não o investidor
não vai ficar tranquilizado."
"O processo em curso de privatização do refino
é para isso, para abrir o mercado brasileiro desnecessariamente para a importação
de petróleo. "Eu olho esse momento que o País vive com indignação."
https://jornalggn.com.br/noticia/a-aula-de-dilma-sobre-a-dolarizacao-do-petroleo-brasileiro-e-o-golpe-na-petrobras
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