DIZ NOTA DO PT
Nacional, em defesa da deputada federal Benedita da Silva, do PT do Rio de Janeiro e de suas reconhecidas lutas sociais e por direitos humanos.
O Partido das Trabalhadoras e dos Trabalhadores
e sua Secretaria Nacional de Combate ao Racismo, bem como este PT são-sebastiãoense,
repudiam e condenam a atitude da também deputada federal Carla Zambelli, do PL-SP,
e suas criminosas falas racistas, quando chamou “Bené” de Chica da Silva, com
intenção e sentido racistas e depreciativos às mulheres negras, em geral.
E, caso em debate, à uma mulher negra
escravizada e depois alforriada, que viveu nos meados do Século18 (XVIII, entre
1732 e 1796, menciona a literatura) em Minas Gerais, nas regiões dos atuais
municípios mineiros de Serro e de Diamantina (https://escolakids.uol.com.br/historia/chica-da-silva.htm).
O fato ocorreu, via rede social, durante
o evento de mulheres que acontecia em Maceió, Alagoas. Diz a Agência Brasil,
que “O episódio aconteceu na última segunda-feira [1º (de julho)], na 1ª
Reunião de Mulheres Parlamentares do P20.”, grupo composto por parlamentaras de
países que integram o G20.
O filme de Cacá Diegues sobre a história - ou o que alguns chamam de estória - fez muito sucesso no final dos anos 70, com Zezé Mota e Walmor Chagas: (https://archive.org/details/1976XicaDaSilvaNac720pInternetArchive).
Considerando a agressão da deputada bolsonarista, o PT divulgou Nota de Apoio à Benedita da Silva, na qual diz: “Em que pese todo o nosso orgulho pela história marcante e corajosa de Chica da Silva, hoje um grande ícone de resistência e referência na luta por igualdade racial do povo negro brasileiro, a forma desrespeitosa e debochada, além de extremamente racista, com que deputada Zambelli se referiu à companheira Benedita da Silva, que hoje está como Coordenadora da Bancada Feminina na Câmara Federal, indigna a todos e a todas que acompanham a trajetória vitoriosa e honrosa de lutas da deputada Benedita.”
A seguir você pode ler e imprimir a
mencionada Nota de Apoio: “Nota de
apoio a Benedita da Silva (PT-RJ)
Companheira sofreu violência
política de gênero e racial, com falas preconceituosas cometidas pela deputada
federal Carla Zambelli (PL-SP)
Nós, mulheres do Partido das Trabalhadoras e dos Trabalhadores, e a Direção Nacional do PT, viemos a público prestar irrestrito apoio e solidariedade à companheira Benedita da Silva (PT-RJ), atacada por ofensas racistas proferidas pela deputada federal da extrema direita Carla Zambelli (PL-SP).
É inadmissível que a gigante Bené tenha sua história de luta
e trajetória política atacadas de forma racista e vil.
Nossa companheira, além de deputada federal, é a atual coordenadora da Secretaria da Mulher na Câmara dos Deputados, espaço que congrega as mais importantes discussões políticas com foco no desenvolvimento de ações e instrumentos para garantir a ampliação e a garantia de direitos para as brasileiras.
Além disso, Benedita já foi senadora, governadora e deputada
Constituinte sendo, por décadas, a única mulher negra no Parlamento, espaço que
segue, até hoje, predominantemente masculino e branco.
Quando uma mulher da envergadura da companheira
Benedita alcança cargos públicos e eletivos, com tamanha competência e
destaque, fica nítido que a política brasileira pode e deve ser ocupada por
mulheres negras, público que forma a maioria da nossa sociedade. Benedita é
exemplo para milhões de mulheres e meninas negras de que a política é, sim,
local para elas.
Nós, mulheres do PT, acreditamos fielmente que a
política pode ser extremamente benéfica para uma sociedade, gerando políticas
públicas e leis relevantes. Dentro de sua arena, constroem-se debates e ideias
que buscam o consenso para a melhoria da vida da população.
Pressupõe-se que aqueles e aquelas que atuam neste
universo detenham caráter, ética e lisura. Infelizmente, com a ascensão da
extrema direita, temos visto cada vez mais casos de mulheres e homens
desprovidos de tais qualidades, como é o caso da parlamentar Zambelli. Este
grupo, além de atuar de forma contrária aos interesses públicos, na maioria das
vezes, são baixos e destituídos de inteligência.
Defendemos que não é possível naturalizar a prática
do racismo em espaço algum, ainda mais em um Parlamento, local observado por
todo país, e que deveria ser modelo de condutas exemplares. Acreditamos que a
Câmara dos Deputados tomará as devidas providências para que este caso de
racismo não fique impune.
Aproveitamos para destacar que, neste dia 3 de
julho, celebra-se o dia Nacional de Combate à Discriminação Racial. A data
marca a sanção da lei Lei Afonso Arinos (1.390/1951), que trata do
combate e luta pela erradicação do racismo do país, e tornou a discriminação
racial uma contravenção penal.
Benedita é magnânima e referência não apenas para o
Partido das Trabalhadoras e dos Trabalhadores, mas para todos e todas que
entendem a potência que é ter a representação dessa mulher gigante na política
brasileira.
Estamos com você, Bené. Racistas não passarão.
Direção
do Nacional do Partido - Secretaria Nacional de Mulheres do PT
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