PODE NÃO SER PROBLEMA ALGUM?
Conversar
sobre menstruação é falar de um importante momento do casal ou somente da própria
mulher, em determinadas situações.
Na
atualidade, conversas sobre menstruação ou "aqueles dias" já começam
mesmo na infância, ou até os 11 anos, 11 meses e 29 dias de idade.
Com
certeza, na adolescência ou no período de 12 a 17 anos, 11 meses e 29 dias, as
conversas sobre a menstruação não têm como deixar de acontecer.
E, daí, para frente praticamente se fala todos os meses, no
mínimo.
Mas
como falar em menstruação se há tanto preconceito? Tanto tabu? Tanta
desinformação?
Para
expandir estas situações e preocupações, imagine se a pessoa menstruada tiver
apenas alguns dias ou alguns meses de nascida?
Porque
menstruação em recém-nascidas não é constante, pois algo raro, mas também pode
não ser problema algum.
Afinal,
alguém recém-nascida menstruar pode, sim, ser algo bem normal nas vidas das
pessoas.
Se
houver dúvidas sobre essa situação é só ler e imprimir a matéria que ora segue:
"MENSTRUAÇÃO
EM RECÉM-NASCIDA PODE SER NORMAL.
ENTENDA!
A alta da maternidade é um dos momentos mais esperados pelos pais. Ao
mesmo tempo, é também bastante assustador. Por mais preparada que a família
esteja, bate uma certa insegurança ao ver que, a partir dali, será preciso
assumir integralmente os cuidados com aquele pequeno ser,
que parece tão frágil, indefeso, dependente. Imagine então o susto de uma mãe,
na troca da madrugada, em casa, ao se deparar com sangue na fralda de
sua recém-nascida, de apenas três dias.
Foi o que aconteceu com a consultora de marketing Andressa Roxanne, de
Petrolina (BA). “Como tinha cocô, achei que poderia ser do intestino. Quando
fui limpar a Amora, percebi que o sangue descia da vagina. Já íamos
ao hospital, mas aí, o desespero ficou maior”, lembra.
Embora a preocupação seja enorme diante da cena, o que aconteceu com a
bebê de Andressa não é algo que necessariamente representa um problema. O susto
é compreensível, já que muitos pais nunca ouviram falar sobre assunto, que é
pouco difundido.
No entanto, recém-nascidos do sexo feminino podem
ter uma menstruação nos primeiros dias de vida - e isso é normal, embora não
seja comum.
“O sangramento visível ocorre em cerca de 1% dos bebês, mas o
microscópico (não visível a olho nu) pode chegar a 10% dos bebês do sexo
feminino”, explica a ginecologista Liliane Diefenthaeler Herter, membro da
Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Infanto-Puberal da Federação
Brasileira de Obstetrícia e Ginecologia (Febrasgo).
Segundo a especialista, o sangramento menstrual em bebês é
resultado de uma descamação do endométrio (tecido que reveste o
interior da cavidade uterina), por conta da queda dos hormônios sexuais no
sangue.
“É o mesmo processo que ocorre quando uma mulher ovula e não engravida
ou quando faz a pausa da pílula”, conta a especialista. “Quando a menina nasce,
é removida a placenta e,
portanto, há queda nos hormônios dela. Então, o endométrio descama e causa um
sangramento menstrual”, acrescenta.
E esse não é o único sinal que a bebê pode apresentar devido à presença
dos hormônios, como o estrogênio, presentes na placenta. É possível
ainda que tenha broto mamário (uma discreta elevação da mama), vulva edemaciada
(inchada) e corrimento hormonal.
“Chamamos esse momento, do qual o sangramento genital faz parte, de
minipuberdade”, afirma Liliane.
A menstruação, quando acontece, surge na
primeira semana de nascimento e não deve durar mais do que sete dias. “Se o sangramento
ocorrer na primeira semana de vida, a quantidade não for exagerada e o exame
físico da genitália for normal, ele, em 99% das vezes, decorre da minipuberdade
e tem causa fisiológica”, diz a médica.
Portanto, não deve ser motivo de preocupação.
Não custa, no entanto, mencionar o fato para o pediatra, para que ele fique ciente.
Há consequências no futuro?
Será que pode haver complicações em função disso,
como uma puberdade precoce mais
adiante?
“Não há relação sabida entre a menstruação da
recém-nascida e puberdade precoce, mas há relatos na literatura relacionando
esse sangramento genital da recém-nascida com endometriose na
adolescência”, afirma Liliane. Recomenda-se, portanto, que a família fique
atenta.
Quando o sangramento é motivo de preocupação
Ao contrário da menstruação fisiológica, que faz parte da minipuberdade, caso o sangramento apareça depois da primeira semana de vida e dure mais do que uma semana, é importante investigar o sintoma, que talvez tenha outra origem.
“O sangramento genital do bebê pode ser por uma
lesão orgânica, como um pólipo vaginal, um tumor vaginal, puberdade precoce,
violência sexual ou infecção genital, entre outras causas”, exemplifica a
ginecologista.
”Assim, todo sangramento após sete dias do nascimento, todo sangramento aumentado ou todo sangramento na presença de alteração no exame físico deve ser sempre avaliado”, orienta.
Alerta importante
Quando Andressa correu com a pequena Amora para a emergência, a profissional que a atendeu explicou que o sangramento era decorrente dos hormônios da placenta, mas solicitou vários exames, que assustaram ainda mais os pais.
“No outro dia, marcamos uma consulta com outro médico, bem renomado em nossa cidade. Chegando lá, quando contamos que ela ainda estava sangrando, ele já abriu um sorriso e falou: ‘Aí, vocês ficaram desesperados, hein’! Ele nos acalmou, explicou tudo e disse que durava de três a cinco dias. No terceiro dia, já não tinha quase mais nada”, relata a mãe.
Relembrando a situação que viveu há pouco mais de um ano, o alerta da consultora de marketing para outros pais é de que, primeiro, se informem sobre o assunto para não se desesperarem. “É difícil, mas é importante manter a calma e esperar passar. Vai passar, como tantas outras situações que vivemos com a chegada de um bebê”, aconselha.
Além disso, ela recomenda que, na dúvida, as famílias busquem orientação
de médicos especializados e, se necessário, procurem segundas e até terceiras
opiniões.
“Não leve seu filho a qualquer médico. Não somos só nós que não estamos
preparados para determinadas situações.
Se acontecer, vá em quem tem experiência reconhecida em pediatria”,
completa." - Menstruação
em recém-nascida pode ser normal. Entenda! (msn.com)
Nenhum comentário:
Postar um comentário