Partido dos Trabalhadores

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quarta-feira, 17 de junho de 2020

ANÁLISE SOBRE A NÃO COLIGAÇÃO À ELEIÇÃO MAJORITÁRIA

Na eleição proporcional não há coligação, conforme determinação da chamada Minirreforma Eleitoral de 2013.

Uma imensa dificuldade para a grande maioria dos partidos que têm a fisiologia e-ou o “aluguel’ como prática partidária, pois usam o interesse privado para “agradar” ou para “comprar mesmo” consciências e votos, como ouvimos de um determinado pré-candidato, além de filiações e de candidaturas.

Há muito já se fala sobre as coligações à eleição majoritária, a para prefeito.

Até agora, temos 6 pré-candidaturas para prefeito. Toinho Petrúcio, pelo Rede; Lula Curtinho, pelo MDB; Adeilton Querino, pelo Republicano; Paulo Bomfim, pelo PT, Ismael Oliveira, pelo PMN, e Zé Pacheco, pelo PP.

Em conversas privadas, os 6 partidos informam que a “cabeça” da chapa já está escolhida, ficando o cargo de vice-prefeito “em aberto”, em alguns casos até o famoso último minuto da convenção ou até depois dele, como já dito.

No entanto, em 15 de agosto, já se comentava que o PMN fará coligação majoritária com o MDB; que o Republicano fará aliança com o PSC; e que o Rede terá chapa própria ou “pura”.

O PP está, publicamente, indefinido quanto à candidatura de vice. Mas no privado, comentam-se 2 nomes, um familiar do Prefeito ou outro indicado pela família Curtinho. Se essa hipótese se confirmar a família Curtinho poderá terá situação paradoxal na eleição. Teria uma candidatura a prefeito em uma chapa (MDB) e uma candidatura a vice, em outra chapa. Mas se a candidatura à reeleição do prefeito Zé Pacheco for impugnada pela candidatura do MDB, poderá haver 2 irmãos candidatos a prefeito. Quem participar, verá qual será a situação. Outros dizem que o “montante” e “aspectos privados” envolvidos são quem decidirão quem será o candidato a vice do PP.

O MDB teria como candidato Lula Curtinho e Vice-prefeito Maurício Tavares. Quanto a Mauricinho não há dúvida que será candidato a vice ou a prefeito. A dúvida é a própria candidatura do Lula Curtinho, pois a família estaria “dividida eleitoralmente”, segundo comentários gerais, além do “montante” e dos “aspectos privados” envolvidos nas conversas com PP. 

Nessa situação, o PT deverá ir à convenção com chapa própria, de gênero, segundo filiados e filiadas, ou mesmo ficar fora do pleito, pois o seu arco de aliança, definido pelo Diretório Nacional, exclui do campo de aliança deste Partido os partidos ou candidatos bolsonaristas.

Segundo Paulo Bomfim, sobre aliança eleitoral houve conversas apenas com o Rede e com a pessoa de Adeilton Querino, mas não com o Republicano, em razão da natureza bolsonarista do referido Partido.

No PT, “o conjunto de filiados e de filiadas tem percepção clara sobre a impossibilidade de aliança”, arrematou o Presidente petista. “Pretendemos ter candidatura sim. Mas para mudar as ações políticas e não personalidades”, concluiu.

Segundo ele, o PT está elaborado um programa participativo de governo, já tendo feito diversas reuniões para debatê-lo com a militância e a sociedade em geral e mostrar que este Município arrecada muito dinheiro, que se bem utilizado pela Prefeitura e pela Câmara, pode melhorar - e muito - a qualidade de vida de cada são-sebastiãoense.

“Esse é o nosso projeto e vamos expô-lo à nossa população durante a curta campanha eleitoral”, afirmou.

Os debates sobre o que o futuro prefeito e a futura câmara farão na próxima gestão-legislatura serão, no entanto, prejudicados em razão da Pandemia. Nessa situação, a situação levará muita vantagem, pois nesse ano o município movimentará em torno de R$150 milhões, considerando os dinheiros para o suposto enfrentamento da coronavírus, a covid-19.  

São Sebastião, 11 de junho de 2020 – Texto atualizado em 15-08-2020 


domingo, 14 de junho de 2020

GOLPISTA SE AGARRA AO FACISMO “E TRAZ DE VOLTA A ‘VELHINHA DE TAUBATÉ’ PARA AGRAVAR O SOFRIMENTO DO POVO BRAILEIRO”, DIZ DILMA


O desastre que já era dito e sabido. Com a chegada da pandemia, fica mais agrado ainda. Mesmo assim o PSDB opta por tudo isso, inclusive pelo comportamento fascista de Bolsonaro, dizendo não ao seu impedimento para administrar o Brasil.

A atitude de Dilma Vana Rousseff é primorosa e seu texto de leitura obrigatória para se compreender as ações de golpistas e a forte resistência do povo brasileiro.

O escrito pela ex-presidenta poderá ser lido a seguir:

Ex-presidenta Dilma Rousseff denuncia traição do PSDB à democracia. Sigla manifestou intenção de proteger Bolsonaro de um impeachment e mantê-lo no cargo até o fim do mandato. “O anúncio da adesão dos tucanos, feito ontem pelo presidente nacional do partido, é chocante porque contraria o consenso nacional, trai a luta pela democracia e insulta a memória de mais 40 mil vítimas fatais de uma doença que Bolsonaro despreza e decidiu não combater”, afirma Dilma.

Foto: Roberto Stuckert Filho
No momento em que as forças de oposição concordam que o afastamento de Bolsonaro é condição indispensável para que o Brasil seja capaz de enfrentar a epidemia da Covid19, reduzir e gerir o impacto econômico e social sobre a população e afastar do horizonte a ameaça de uma ruptura definitiva com a democracia, o PSDB anuncia que, por ele, Bolsonaro será protegido de um impeachment e mantido no cargo até o fim do mandato.

O anúncio da adesão dos tucanos, feito ontem pelo presidente nacional do partido, é chocante porque contraria o consenso nacional, trai a luta pela democracia e insulta a memória de mais 40 mil vítimas fatais de uma doença que Bolsonaro despreza e decidiu não combater.

Só não se pode dizer que o PSDB está traindo a si mesmo. Sempre que descem do muro, os tucanos descem para o lado errado. O partido deu início ao movimento que levou ao golpe de 2016 e liderou a sabotagem movida contra mim no Congresso. Participou do governo golpista e, hoje, se acumplicia com um governo fascista. O faz em nome do que chama de “paciência democrática”. Mas em 2016, diante de um governo recém-eleito e que jamais pôde ser acusado de autoritário, não soube se resignar à vontade manifesta dos eleitores.

O golpe foi gestado no inconformismo do PSDB com a derrota nas urnas, e quem confessou isto foi o ex-presidente do partido, Tasso Jereissatti, com surpreendente sinceridade: “O PSDB cometeu erros memoráveis. O primeiro foi questionar o resultado eleitoral. Começou no dia seguinte à eleição. O segundo erro foi votar contra princípios básicos nossos, sobretudo na economia, só para ser contra o PT. Mas o grande erro foi entrar no governo Temer. Fomos engolidos pela tentação do poder”, disse Tasso. Vamos acrescentar um quarto e avassalador erro: a “paciência democrática”com o fascismo de Bolsonaro em nome de uma pauta neoliberal.

Ávido por poder, o PSDB participou da derrubada de uma presidenta que não cometeu crime de responsabilidade e, agora, de novo tentado pelo poder, se opõe ao impeachment de um presidente flagrado em inúmeros crimes, repetidos e continuados. “Paciência democrática” é subterfúgio verbal. Trata-se de escrachado descompromisso com a democracia, desumana indiferença diante da doença e das mortes por Covid-19, e devastadora alienação diante do desemprego, miséria e fome que afligem o povo brasileiro.

Justamente quando Bolsonaro passa por acentuada desmoralização, quando o mundo o repele e quando muitos bolsonaristas de primeira hora rompem com ele é que o PSDB se atira nos braços do neofascismo. A verdade é que a “paciência democrática” dos tucanos também pode ser traduzida por submissão a quem quer que prometa comandar o desastre neoliberal. No momento, este desastre se manifesta na inexistência de políticas públicas do governo Bolsonaro, que ameaça reduzir e até cortar o auxílio emergencial, não se importa em conter a explosão do desemprego, é indiferente e até considera virtuosa a informalidade que insituiu um “precariado” sem direitos, graças às reformas trabalhistas, e se omite diante da falência das micro, pequenas e médias empresas, que estão sem caixa e sem crédito.

Com a adesão a Bolsonaro, o PSDB desacredita seu mais famoso integrante, FHC, que assinou um manifesto pela democracia. A democracia do PSDB é casada com o neofascismo. Na primeira metade dos anos 1980, o grande cronista Luis Fernando Verissimo criou um personagem que batizou de “Velhinha de Taubaté, a última pessoa que ainda acreditava no governo” do general Figueiredo. Neste momento, a direção nacional do PSDB está fazendo de FHC a “velhinha de Taubaté do bolsonarismo”. - DILMA ROUSSEFF

https://pt.org.br/psdb-adere-a-bolsonaro-e-traz-de-volta-a-velhinha-de-taubate/