Valor
movimentado em esquema que envolve o Carf ultrapassa desvios da Operação Lava
Jato. Petistas criticam ausência de informações sobre o escândalo na imprensa
A Operação Zelotes completará um mês no próximo
domingo (26). Deflagrada no dia 26 de março, a operação investiga, ao todo, 70
empresas, que supostamente pagavam propinas para manipular julgamentos de
processos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
Instaurada pela Polícia Federal para investigar um
dos maiores esquemas de sonegação fiscal da história do país, no entanto,
compete com outros casos de corrupção pela atenção na mídia.
O prejuízo total computado até agora atinge a
margem de R$ 6 bilhões. Os crimes, segundo estimativas, podem ter
movimentado quase R$ 19 bilhões em débitos tributários não pagos aos cofres da
União, se somados todos os processos sob investigação.
Mesmo com um valor três vezes maior que ao
desviado no esquema de corrupção na Petrobras, denunciado pela Operação Lava
Jato, pouca audiência é dada ao caso.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que será nomeado
na próxima quarta-feira (29) relator de uma subcomissão que irá acompanhar o
caso na Câmara, critica a pouca atenção dada ao escândalo que envolve o Carf e
grandes empresas do País.
“Um caso que tem o volume de dinheiro envolvido,
que tem gravações, que tem provas, com fortes elementos, não tem recebido o
mesmo tratamento de denúncias com volumes muito menores”, repudia.
Mais grave ainda, aponta o deputado, é o
envolvimento de grandes escritórios de advocacia, importantes empresas e bancos
e órgãos da administração pública, como o Conselho Administrativo de Recursos
Fiscais, que deveria mediar o pagamento de dívidas tributárias com a Justiça.
“Não tenho nenhuma dúvida que essa sim é uma
organização criminosa, que se utilizava da estrutura do estado para fraudar os
cofres públicos”, afirma Pimenta.
Segundo ele, o mesmo descaso acontece com o caso
HSBC-Swissleaks. “Não tem pequenos sonegadores e fraudadores, como não tem
pequenas quantias de dinheiro transferidas para a Suíça”, compara.
Entre lobos – Para Pimenta, um verdadeiro jogo de interesses
está por trás do silêncio da mídia. Outro motivo, segundo o deputado, seria
“por não saberem onde pode chegar” e quem a investigação poderá atingir.
“Lobo não come lobo”, alfineta.
Para o parlamentar, essa é uma reação da elite
brasileira, ligada a grupos de grande poder econômico, ao medo de serem
finalmente investigados. “Isso só expõe a hipocrisia que tem nesse discurso
contra a corrupção”, conclui.
Entre os denunciados estão a rede RBS, maior
afiliada da Rede Globo, suspeita de pagar R$ 15 milhões ao Carf para esconder
um débito de R$ 150 milhões, segundo denúncia do jornal “Estadão”.
Na lista de investigadas estão também grandes
empresas como a Ford, Mitsubishi, BR Foods, Camargo Corrêa, Light, e os bancos
Bradesco, Santander, Safra, BankBoston e Pactual.
Subcomissão – Paulo Pimenta diz que o grande “objetivo” da
subcomissão na Câmara é dar maior visibilidade a Operação Zelotes.
Com o início dos trabalhos previsto para o final do
mês, o primeiro convidado a prestar informações será o procurador da República
Frederico Paiva, responsável pela Operação Zelotes.
Segundo Pimenta, os principais pontos a serem questionados
serão sobre a estrutura para as investigações, se é ou não suficiente para
desenvolver os trabalhos. Além disso, o grupo vai apurar qual o motivo de não
ter sido realizada nenhuma prisão até o momento.
“Temos informações de pessoas que já se ofereceram
para fazer acordo de delação premiada. Por que não houve prisões ainda?”,
questiona.
O deputado Marcon (PT-RS) também cobrou punição dos
envolvidos no esquema de fraude, em discurso na tribuna na semana passada.
“Até hoje não se vê ninguém preso. Quero repudiar,
porque esses envolvidos têm que responder por aquilo que fizeram”, denunciou.
O petista aindacriticou o silêncio da mídia diante
do escândalo. “Estamos observando a ausência total desse assunto em nossa mídia.
Nossa pergunta é, por quê?”, questionou.
Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias
http://www.pt.org.br/operacao-zelotes-completa-um-mes-com-pouco-destaque-na-midia/
CHEGOU A HORA DE COBRAR DOS MAIS RICOS
ResponderExcluir- TAXAÇÃO SOBRE AS GRANDES FORTUNAS
Art. 153, INC. VII, CF 88.
- No Brasil um possível imposto de 4% das famílias com patrimônio pessoal superior a R$ 3 Milhões. No Brasil são 225 mil família que tem patrimônio acima de US$ 1,5 milhão por família que são favorecidas pelo nosso sistema tributário injusto relatório do banco Credit Suisse mostra que poderíamos ter arrecadado mais 36 bilhões ( 900 BI) ?
- Uma nova outra forma é aumentar a taxação das heranças ou imposto sobre transmissão causa mortis e doação ( ITCMD) é um tributo estadual, atualmente é de 4%. no ano de 2013 os governos estaduais arrecadaram R$ 4,5 bilhões com o ITCMD um décimo do valor alíquota do Reino unido lá o imposto sobre herança é um tributo dos mais importante
- DISTRIBUIÇÃO DE RENDA
Segundo o economista Paulo Feldmann os programas sociais não foram distribuição de renda o que houve foi uma distribuição de renda bem atípico sem onerar os mais ricos segundo ele afirma em seu artigo" chegou a hora de mexer com os mais ricos" é que dar para enfrentar os mais ricos, são só 225 mil família.
POR QUE NO BRASIL NÃO?
Nos estados unidos quem é muito rico paga uma alíquota de 40%. Na frança, é 50%. Em pais da Escandinávia, mais de 50%. No Brasil daria para termos uma alíquota de 35% DE 45% afirma Paulo Feldmann.