Foi a 1ª visita do ano a filiados e
filiadas.
Durante
a visita foram distribuídas diversos materiais (in)formativos, como revistas,
jornais e livros, com destaque para livros e revistas infantis, bem como informações
sobre dinheiros que este Município movimentará em 2021.
Foram informadas as arrecadações e as movimentações financeiras municipais dos últimos 4 anos, por secretarias e por órgãos municipais.
As juventudes do povoado Terranova estudam nas escolas do povoado Canabrava e a questão indígena não é muito considerada. Disse uma indígena que prefere não se identificar. Afirmou ela que "aqui precisa de uma escola indígena, sim".A rua principal do Terranova está recebendo calçamento, ação
municipal que no ano passado, em 2020, teve R$1.161.528,20. Nesse ano são R$850.770,20,
sendo que a Secretaria Municipal de Viação e Obras tem disponíveis R$7.192.278,80
ou 4,61% da arrecadação de 2021, que soma R$155.869.310,80.
O presidente do PT de São Sebastião, Paulo Bomfim, frisou o prazer deste Partido em está dialogando com a família de Juvelino Dó e dona Neuza, além de seus familiares.
Disse da importância saber quantos dinheiros chegam ao Município e em que eles deveriam ser utilizados.
Afirmou que para bom uso do dinheiro municipal é fundamental que o povo exija o acesso à prestação de contas de cada ano.
Manoel Avelino, Secretaria Municipal de Movimentos Populares e Políticas Setoriais falou sobre a importância que o PT dá às populações indígenas em todo o País e que o governo Bolsonaro reduziu ou acabou com recursos para diversas políticas públicas destinadas às populações indígenas.
As demais conversas versaram sobre diversos assuntos, especialmente sobre a última eleição. O povoado Terranova tinha 2 vereadores, mas que não foram reeleitos, Neno Izidoro e Marcone Móveis, que ficaram na suplência.
Paulo Bomfim informou que havia rumores de que o Neno assumiria o mandato, em razão de a vereadora Ana Pacheco, cunhada do prefeito Zé Pacheco, ir ser Secretária de Agricultura, no lugar do “Zé da Marinez”.
O povoado Terranova é uma comunidade muito importante e de população mistas. Lá convivem, vivem e sobrevivem pessoas indígenas e não indígenas. "Infelizmente, há muita dificuldade do povo daqui eleger quem é comprometido com o índio", disse Juvelino Dó. "A gente fica até desanimado com a luta", arrematou, lembrando as duras lutas do povo Karapó para conquistar a demarcação de seu território.Dó, inclusive, relembrou do apoio e orientações do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), um órgão da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), na pessoa de Jorge Vieira, que muito atuou na comunidade.
O povoado teve 4 candidaturas ao Legislativo: Neno, Marcone, Patrício e Sorriso. Falando-se sobre o meio ambiente, seu Dó lembrou de uma jaqueira enorme que havia no povoado, um “ponto de encontro” dali e foi derrubada na última gestão do prefeito Sertório Ferro.
Além de ponto de encontro, a jaqueira produzia excelentes jacas. "Todo mundo aqui comia e gostava", disse a dona Maria.
Seu Dó também relatou a difícil luta da população indígena, após o
golpe de 2016, e a desorganização dessas comunidades, não só no Terranova, mas
também dos demais indígenas que vivem neste Estado.
Presente também Pedro Nascimento, Presidente Municipal do PSOL, ressaltou que um dos problemas é o fato de muitos indígenas ser filiados a partidos políticos, que não defendem políticas públicas e as causas indígenas.
As famílias de seu Audálio e de seu José Inácio estão bem. Com eles foi trato como as condições de vida eram melhores “no tempo do PT”. Foi tratada também a questão do trabalho infantil e o prejuízo que ele causa às pessoas na velhice, especialmente com relação a “problema de coluna”.
Conversou-se também sobre o valor das aposentadorias rurais e sobre os empréstimos consignados, que reduzem o já pequeno valor de cada aposentadoria.
Comentou-se, ainda, sobre a dificuldade de agricultores e de agricultoras familiares conseguirem a aposentadoria, mesmo “na justiça”. Trabalhadoras e trabalhadores rurais empregados têm também muita dificuldade em conseguir “o aposento”, pois a “documentação” - ou o tempo de contribuição previdenciária - nem sempre está completa, arrematou seu Audálio.
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