Partido dos Trabalhadores

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domingo, 3 de novembro de 2019

CONQUISTA DO VOTAR FAZ 89 ANOS


Nessa data, há 89 anos, depois de muitas lutas, era conquistado nacionalmente pelas mulheres brasileiras o “Direito” de votar e de ser votada. Estávamos, então, em 3 de novembro de 1930, 2º quarto do Século 20.

Na época, governava o Brasil, que havia derrotado a “política ‘café-com-leite’”, o gaúcho de São Borja, Getúlio Dorneles Vargas. Detalhe: ele praticamente só lembrado pela grande imprensa e por muita gente como “ditador”.

Esquecem de mencionarem o amplo leque de direitos que ele possibilitou à população brasileira conquistar.

Antes dessa data, no Estado Rio Grande do Norte, na região Nordeste brasileira, as mulheres potiguares já haviam conquistado o direito ao voto e naquele Estado foi eleita a 1ª mulher brasileira.

Ontem – Dia de Finados e de Finadas - em pesquisa sobre as recentes eleições havidas na América Latina e, mais especificamente, na América do Sul, em México, Bolívia, Argentina, Uruguai e Colômbia percebeu-se que naqueles países o número de mulheres eleitas foi muito maior que as eleitas no Brasil.

Por quê?

A resposta fica para a reflexão de cada um e de cada uma de nós.

Na Argentina, com a eleição de Cristina Fernández de Kirchner, para vice-presidenta da república e para Presidenta do Senado, constatou-se que, para a Câmara Nacional, foram eleitas 40% de mulheres e 60% de homens; na Câmara Nacional brasileira esses percentuais são, respectivamente, de 15% e de 85%. Uma grande diferença.

No Senado argentino, que terá na Presidência uma mulher, Cristina, também há uma enorme diferente quando se compara com o Brasil. Os percentuais são de 38% de mulheres e 62% de homens; no Brasil, esses percentuais são de 16% de mulheres e 84% de homens. Também uma grande diferença.

Na pesquisa, encontrou-se uma expressão que pode resumir o porquê das diferenças de eleita nas câmaras nacionais argentina e brasileira e também nos senados argentino e brasileiro: “(...) é fruto do conservadorismo e do machismo brasileiros”, disse a socióloga ouvida por uma das reportagens sobre o tema.

Uma dessas boas reportagens você pode encontrar na revista Carta Capital, no seguinte endereço virtual: https://www.cartacapital.com.br/diversidade/mulheres-sao-40-das-deputadas-na-argentina-com-volta-de-kirchner/.

Vá lá!

Redação: Paulo Bomfim – Presidente do PT em São Sebastião, Alagoas.

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