Nessa data, há 89 anos, depois
de muitas lutas, era conquistado nacionalmente pelas mulheres brasileiras o “Direito”
de votar e de ser votada. Estávamos, então, em 3 de novembro de 1930, 2º quarto
do Século 20.
Na época, governava o Brasil, que
havia derrotado a “política ‘café-com-leite’”, o gaúcho de São Borja, Getúlio
Dorneles Vargas. Detalhe: ele praticamente só lembrado pela grande imprensa e
por muita gente como “ditador”.
Esquecem de mencionarem o amplo
leque de direitos que ele possibilitou à população brasileira conquistar.
Antes dessa data, no Estado
Rio Grande do Norte, na região Nordeste brasileira, as mulheres potiguares já haviam
conquistado o direito ao voto e naquele Estado foi eleita a 1ª mulher
brasileira.
Ontem – Dia de Finados e de Finadas
- em pesquisa sobre as recentes eleições havidas na América Latina e, mais
especificamente, na América do Sul, em México, Bolívia, Argentina, Uruguai e
Colômbia percebeu-se que naqueles países o número de mulheres eleitas foi muito
maior que as eleitas no Brasil.
Por quê?
A resposta fica para a
reflexão de cada um e de cada uma de nós.
Na Argentina, com a eleição de
Cristina Fernández de Kirchner, para vice-presidenta da república e para
Presidenta do Senado, constatou-se que, para a Câmara Nacional, foram eleitas
40% de mulheres e 60% de homens; na Câmara Nacional brasileira esses
percentuais são, respectivamente, de 15% e de 85%. Uma grande diferença.
No Senado argentino, que terá
na Presidência uma mulher, Cristina, também há uma enorme diferente quando se
compara com o Brasil. Os percentuais são de 38% de mulheres e 62% de homens; no
Brasil, esses percentuais são de 16% de mulheres e 84% de homens. Também uma grande diferença.
Na pesquisa, encontrou-se uma
expressão que pode resumir o porquê das diferenças de eleita nas câmaras
nacionais argentina e brasileira e também nos senados argentino e brasileiro: “(...)
é fruto do conservadorismo e do machismo brasileiros”, disse a socióloga ouvida
por uma das reportagens sobre o tema.
Uma dessas boas reportagens
você pode encontrar na revista Carta Capital, no seguinte endereço virtual: https://www.cartacapital.com.br/diversidade/mulheres-sao-40-das-deputadas-na-argentina-com-volta-de-kirchner/.
Vá lá!
Redação: Paulo Bomfim –
Presidente do PT em São Sebastião, Alagoas.
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