À Presidência, após bem ter governado São Paulo, capital. Sua administração democrática e responsável, bem como muito voltada para as pessoas mais humildes, fez ele ser considerado um dos melhores prefeitos do mundo.
Com a perseguição feita a Lula por diversos segmentos de ricaços brasileiros e de estrangeiros, Lula não poderá ser candidato, apesar da Onu dizer que sim. Como sempre, Lula resiste às perseguições e as injustiças e escreveu uma bela carta a todos e a todas nós para também resistirmos e votarmos 13.
13 é Haddad-Lula. Lula está preso em razão da perseguição, mas o 13 está solto e pede a sua reflexão e forte resistência pela reconstrução de um Brasil bem melhor para todos e todas.
Nós já sabemos que isso é possível, dependendo apenas da vontade política do governante.
A seguir, você lerá a "Carta de Lula ao Povo Brasileiro
Ricardo Stuckert
Meus amigos e minhas amigas,
Vocês já devem saber que os tribunais proibiram minha candidatura a presidente da República. Na verdade, proibiram o povo brasileiro de votar livremente para mudar a triste realidade do país.
Nunca aceitei a injustiça nem vou aceitar. Há mais de 40 anos ando
junto com o povo, defendendo a igualdade e a transformação do Brasil num
país melhor e mais justo. E foi andando pelo nosso país que vi de perto
o sofrimento queimando na alma e a esperança brilhando de novo nos
olhos da nossa gente. Vi a indignação com as coisas muito erradas que
estão acontecendo e a vontade de melhorar de vida outra vez.
Foi para corrigir tantos erros e renovar a esperança no futuro que
decidi ser candidato a presidente. E apesar das mentiras e da
perseguição, o povo nos abraçou nas ruas e nos levou à liderança
disparada em todas as pesquisas.
Há mais de cinco meses estou preso injustamente. Não cometi nenhum
crime e fui condenado pela imprensa muito antes de ser julgado. Continuo
desafiando os procuradores da Lava Jato, o juiz Sérgio Moro e o TRF-4
a apresentarem uma única prova contra mim, pois não se pode condenar
ninguém por crimes que não praticou, por dinheiro que não desviou, por
atos indeterminados.
Minha condenação é uma farsa judicial, uma vingança política, sempre usando medidas de exceção contra mim. Eles não querem prender e interditar apenas o cidadão Luiz Inácio Lula
da Silva. Querem prender e interditar o projeto de Brasil que a maioria
aprovou em quatro eleições consecutivas, e que só foi interrompido por
um golpe contra uma presidenta legitimamente eleita, que não cometeu crime de responsabilidade, jogando o país no caos.
Vocês me conhecem e sabem que eu jamais desistiria de lutar. Perdi
minha companheira Marisa, amargurada com tudo o que aconteceu a nossa
família, mas não desisti, até em homenagem a sua memória. Enfrentei as
acusações com base na lei e no direito. Denunciei as mentiras e os
abusos de autoridade em todos os tribunais, inclusive no Comitê de Direitos Humanos da ONU, que reconheceu meu direito de ser candidato.
A comunidade jurídica, dentro e fora do país, indignou-se com as
aberrações cometidas por Sergio Moro e pelo Tribunal de Porto Alegre.
Lideranças de todo o mundo denunciaram o atentado à democracia em que
meu processo se transformou. A imprensa internacional mostrou ao mundo o
que a Globo tentou esconder.
E mesmo assim os tribunais brasileiros me negaram o direito que é
garantido pela Constituição a qualquer cidadão, desde que não se chame
Luiz Inácio Lula
da Silva. Negaram a decisão da ONU, desrespeitando do Pacto
Internacional dos Direitos Civis e Políticos que o Brasil assinou
soberanamente.
Por ação, omissão e protelação, o Judiciário
brasileiro privou o país de um processo eleitoral com a presença de
todas as forças políticas. Cassaram o direito do povo de votar
livremente. Agora querem me proibir de falar ao povo e até de aparecer
na televisão. Me censuram, como na época da ditadura.
Talvez nada disso tivesse acontecido se eu não liderasse todas as
pesquisas de intenção de votos. Talvez eu não estivesse preso se
aceitasse abrir mão da minha candidatura. Mas eu jamais trocaria a minha
dignidade pela minha liberdade, pelo compromisso que tenho com o povo
brasileiro.
Fui incluído artificialmente na Lei da Ficha Limpa para ser
arbitrariamente arrancado da disputa eleitoral, mas não deixarei que
façam disto pretexto para aprisionar o futuro do Brasil.
É diante dessas circunstâncias que tenho de tomar uma decisão, no
prazo que foi imposto de forma arbitrária. Estou indicando ao PT e à Coligação “O Povo Feliz de Novo” a substituição da minha candidatura pela do companheiro Fernando Haddad, que até este momento desempenhou com extrema lealdade a posição de candidato a vice-presidente.
Fernando Haddad, ministro da Educação
em meu governo, foi responsável por uma das mais importantes
transformações em nosso país. Juntos, abrimos as portas da Universidade
para quase 4 milhões de alunos de escolas públicas, negros, indígenas,
filhos de trabalhadores que nunca tiveram antes esta oportunidade.
Juntos criamos o Prouni, o novo Fies, as cotas, o Fundeb, o Enem, o Plano Nacional de Educação, o Pronatec e fizemos quatro vezes mais escolas técnicas do que fizeram antes em cem anos. Criamos o futuro.
Haddad é o coordenador do nosso Plano de Governo
para tirar o país da crise, recebendo contribuições de milhares de
pessoas e discutindo cada ponto comigo. Ele será meu representante nessa
batalha para retomarmos o rumo do desenvolvimento e da justiça social.
Se querem calar nossa voz e derrotar nosso projeto para o País, estão
muito enganados. Nós continuamos vivos, no coração e na memória do
povo. E o nosso nome agora é Haddad.
Ao lado dele, como candidata a vice-presidente, teremos a companheira
Manuela D’Ávila, confirmando nossa aliança histórica com o PCdoB, e que também conta com outras forças, como o PROS, setores do PSB, lideranças de outros partidos e, principalmente, com os movimentos sociais, trabalhadores da cidade e do campo, expoentes das forças democráticas e populares.
A nossa lealdade, minha, do Haddad e da Manuela, é com o povo em
primeiro lugar. É com os sonhos de quem quer viver outra vez num país em
que todos tenham comida na mesa, em que haja emprego,
salário digno e proteção da lei para quem trabalha; em que as crianças
tenham escola e os jovens tenham futuro; em que as famílias possam
comprar o carro, a casa e continuar sonhando e realizando cada vez mais.
Um país em que todos tenham oportunidades e ninguém tenha privilégios.
Eu sei que um dia a verdadeira Justiça será feita e será reconhecida
minha inocência. E nesse dia eu estarei junto com o Haddad para fazer o
governo do povo e da esperança. Nós todos estaremos lá, juntos, para
fazer o Brasil feliz de novo.
Quero agradecer a solidariedade dos que me enviam mensagens e cartas,
fazem orações e atos públicos pela minha liberdade, que protestam no
mundo inteiro contra a perseguição e pela democracia, e especialmente
aos que me acompanham diariamente na vigília em frente ao lugar onde
estou.
Um homem pode ser injustamente preso, mas as suas ideias, não. Nenhum
opressor pode ser maior que o povo. Por isso, nossas ideias vão chegar a
todo mundo pela voz do povo, mais alta e mais forte que as mentiras da
Globo.
Por isso, quero pedir, de coração, a todos que votariam em mim, que
votem no companheiro Fernando Haddad para Presidente da República. E
peço que votem nos nossos candidatos a governador, deputado e senador
para construirmos um país mais democrático, com soberania, sem a privatização das empresas públicas, com mais justiça social, mais educação, cultura, ciência e tecnologia, com mais segurança, moradia e saúde, com mais emprego, salário digno e reforma agrária.
Nós já somos milhões de Lulas e, de hoje em diante, Fernando Haddad será Lula para milhões de brasileiros.
Até breve, meus amigos e minhas amigas. Até a vitória!
Um abraço do companheiro de sempre,
Luiz Inácio Lula da Silva
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